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“Estamos em guerra”, diz patriota que foi presa no Acre ao acampar no 4° BIS

Por
Saimo Martins

Michelle Lacerda Farias, 42 anos, uma das nove pessoas presas em Rio Branco no dia 9 de janeiro de 2023 durante a manifestação em frente ao 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), participou neste domingo (3) do ato do Movimento de Direita do Acre (MDA) em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, ela defendeu a aprovação de um projeto de anistia que pode tramitar no Congresso Nacional e criticou duramente o que chamou de “perseguição política” no Brasil.


“Hoje vivemos algo surreal no país. Pessoas estão presas injustamente por exercerem um direito. Aqui em Rio Branco, ninguém quebrou nada. Era um movimento pacífico, mas nove pessoas foram presas — algumas idosas, de 69 e 72 anos. Ficaram quatro meses presas e mais três com tornozeleira. É uma situação que não podemos aceitar”, declarou.


Foto: Saimo Martins

Michelle afirmou que, embora não tenha sido condenada, sua prisão e o processo enfrentado foram marcados por injustiça. “A PGR viu que não havia crime e arquivou o processo. Mas ainda temos pessoas presas em Brasília por crimes que não cometeram. Ninguém está isentando quem cometeu vandalismo, mas aplicar 17 anos de prisão a uma pessoa por escrever numa estátua é desproporcional.”


Ela também ressaltou o apoio que recebeu durante o período de prisão: “Quero agradecer ao deputado Ulysses, ao deputado Alenilson e ao coronel que estiveram no presídio e disseram que não iam nos abandonar — e não nos abandonaram. Essa luta é por liberdade, não apenas a liberdade física, mas a liberdade de expressão, de empreender, de se desenvolver.”


A patriota fez críticas ao governo federal e à situação econômica e ambiental do Acre: “Nosso Estado está engessado. Mais de 50% do território está em área de reserva. Isso é inadmissível. Precisamos de liberdade para crescer. Não podemos entregar o Brasil ao comunismo. Fora Lula e fora Moraes.”


Por fim, Michelle reforçou o chamado à militância de direita: “Estamos numa guerra. Quando somos convocados, temos que estar presentes, independente do horário. Precisamos levantar novas lideranças. Não vamos entregar o nosso país a esse sistema.


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Saimo Martins