Ao ac24horas, Brunno Damasceno celebra o samba e anuncia gravação do primeiro álbum

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Da redação ac24horas

Na sétima noite da Expoacre 2025, o cantor e compositor Brunno Damasceno foi o destaque no estúdio do ac24horas nesta sexta-feira, 01, onde concedeu uma entrevista repleta de música, memórias e novidades sobre sua carreira. Reconhecido por sua contribuição à cena cultural do Acre, Brunno abriu a conversa entoando versos de sua autoria:


A canção, segundo ele, é uma composição inédita que estará em seu primeiro álbum, cuja gravação começa já no próximo mês. “É a primeira vez que falo isso, nem no meu Instagram eu falei ainda”, revelou. “Já canto desde criança, tem algumas músicas nas plataformas de streaming, alguns jingles, mas um álbum inteiro eu não tenho. A gente vai começar a gravar agora”, pontuou.


Além do disco, Brunno também anunciou a próxima edição do projeto Casa de Bamba, marcado para a sexta-feira seguinte, na Casa do Rio. “É uma roda de samba no meio da Casa do Rio, e as pessoas ao redor. Um ódio ao samba de raiz, é muito legal”, destacou.


Foto: Jardy Lopes

Mesmo em meio ao domínio do sertanejo no Acre, Brunno afirma que o samba tem público garantido e crescente: “É notório. O público tem se renovado, principalmente na Casa de Bamba. Vai uma garotada, da idade do meu filho, 18, 17, 19 anos.. Acho que tem a ver com o excesso de sertanejo. E o samba, quando bate aquela energia, você não quer sair de perto nunca mais”, ressaltou.


Questionado sobre as dificuldades de fazer música no Acre, o artista foi direto: “É claro que é mais complicado, pelo custo amazônico, por ser mais longe. Quando comecei a tocar samba, não tinha YouTube. Poucos CDs vinham pra cá. A gente já largou muito atrás dos grandes centros. A internet trouxe essa proximidade”, salientou.


Brunno também falou sobre a importância da profissionalização da música local e da presença nas plataformas digitais. “Hoje é bem mais fácil. Você consegue gravar daqui, tem bons estúdios. Acho que também é um pouco de falta nossa, dos músicos. O pessoal do rock, por exemplo, já gravava discos há muito tempo. A galera do samba demorou um pouco mais”, pontuou.


Foto: Jardy Lopes

Um dos momentos abordados na entrevista foi o relato sobre sua indicação ao Prêmio Multishow, na categoria Brasil. “Foi o primeiro ano dessa categoria. Tinha um representante do Norte, Sul, Sudeste, e eu representei o Norte. Eles olham a constância da carreira nas plataformas. Foi uma experiência incrível. Estava na primeira fila, do Filipe Ret. Levei pra vida”, relembrou.


Ao ser perguntado sobre como gostaria de ser lembrado, Brunno respondeu com emoção. “Tem uma frase da Beth: ‘Quem é sambista é eterno’. Eu gostaria de ser lembrado como um cara que conduziu o samba junto com vários outros no Acre, que fez do samba uma forma de vida. Ser lembrado como um grande sambista acreano, igual a gente lembra do Dacosta”, finalizou.


Assista ao vídeo:



 


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