O mês de agosto chega com a predominância de dias quentes e ensolarados em todo o Acre, mas os moradores do estado devem se preparar também para eventuais ondas de frio polar e pancadas intensas de chuva. As informações foram divulgadas pelo pesquisador Davi Friale nesta quinta-feira (31).
Segundo os registros históricos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mesmo com o predomínio do tempo seco e das altas temperaturas, agosto já registrou incursões de frio intenso no estado. As menores temperaturas durante esse mês foram de 8,0ºC em Rio Branco e 9,7ºC em Tarauacá, confirmando que a presença de massas de ar polar pode provocar quedas acentuadas nos termômetros.
Apesar da baixa incidência de chuvas, o mês também pode surpreender com temporais. Em anos anteriores, episódios de forte precipitação ocorreram em curto espaço de tempo: Rio Branco registrou 71,9 mm de chuva em apenas 24 horas, em 1997, enquanto Cruzeiro do Sul chegou a 95,3 mm em um único dia, em 1972.
Em média, agosto apresenta poucos dias com chuva significativa. Em Rio Branco, por exemplo, são apenas quatro dias com precipitação igual ou superior a 1,0 mm. Mas, de acordo com os dados históricos, esse número já representa um aumento em relação ao mês de julho, que costuma ter apenas três dias chuvosos.
Segundo o boletim, com base nas atuais condições atmosféricas e oceânicas observadas até o dia 31 de julho, a previsão para agosto de 2025 indica um cenário de normalidade climática, com tendência de chuvas acima da média para o período, podendo variar entre 10% abaixo e até 50% acima do esperado, conforme os dados históricos.
As temperaturas mínimas devem ficar ligeiramente abaixo da média devido à entrada de frentes frias, enquanto as máximas tendem a se manter dentro ou ligeiramente acima do normal, impulsionadas pela atuação de massas de ar seco que facilitam o aquecimento do solo e do ar.
Além do calor predominante, a previsão destaca a possibilidade de temporais pontuais, com chuvas intensas, raios e ventos fortes, um alerta importante para quem vive em áreas vulneráveis.