Uma das batalhas a serem travadas durante a campanha ao governo no próximo ano, entre André Kamai (PT), Tião Bocalom (PL) e Alan Rick UB) e Mailza Assis (PP), se dará nas pesquisas para ver quem vai polarizar na disputa para ir a um eventual segundo turno. Dos quatros, o com menor chance de estar na ponta da disputa é o petista André Kamai. Qualidades não lhe faltam e nem competência, seu problema é o desgaste popular do PT. A briga mesmo será travada entre Alan, Mailza e Bocalom, porque terão uma maior estrutura de apoio e financeira. Desses, dois vão estar num provável segundo turno. A sedimentação do cenário só vai mesmo acontecer no decorrer de 2026, quando todos estiverem com as suas campanhas nas ruas.
CABIDE DE EMPREGO DE AMIGOS
A SECOM do governo virou cabide de emprego de amigos. É a única dedução depois da nomeação para um cargo – que devia ser ocupado por jornalistas – de Jamile Roysal, que teve seu nome vinculado ao jogo de azar “tigrinho”, e cuja justificativa usada para nomeação foi a de ser a “melhor amiga” da namorada do governador Gladson Cameli. A nomeação é um direito dele, ninguém contesta isso; mas essa moça não vai acrescentar nada à política estadual de Comunicação do Governo.
Enquanto isso, a SECOM e a direção da Rádio Difusora fecham os olhos para os servidores da emissora, com mais de 30 anos de serviço, que não tiveram suas situações funcionais regularizadas e ganham salários miseráveis no cargo de origem. Alguns se sustentam nas CECs cala-boca.
SÓ VALE PARA UM LADO?
Um segmento do PT considerou as críticas sadias, sem ofensa, em cima do ato jurídico, praticados por duas conselheiras do TCE, como uma ofensa às mulheres. Interpretação errada e memória curta. Não se lembra quando num dos governos do PT, duas desembargadoras foram chamadas pelo secretário de Comunicação da época de “mal amadas”, apenas por tomarem decisões judiciais contra o governo? E não se viu nenhuma indignação por parte dos petistas por serem mulheres. A indignação não deveria ter ideologia. Vale para os dois lados. Ou não?
COMBINAR COM O ELEITOR
O prefeito Tião Bocalom joga com a possibilidade de que numa disputa em que se terá para o Governo o André Kamai (PT), Alan Rick (UB), Mailza Assis (PP), quem deve ir para o segundo turno é ele e a Mailza. Cabe uma pergunta simples: combinaram com o eleitor? Política não se vê pela bola de cristal. Ou no achismo.
NÃO DÁ MAIS AUTÓGRAFO
O Jorge Viana deve estar achando que ainda está no tempo em que dava autógrafo. Isso ficou num passado distante. Mas não entendeu. Não se vê um movimento prático sobre sua candidatura ao Senado. Os tempos são outros JV.
A HISTÓRIA É IMPLACÁVEL
Quando o Lula estava preso, a deputada federal Carla Zambelli (PL), dizia que o seu sonho era ver a família do Lula na mesma cela do petista. Zambelli foi presa na Itália. É a Lei do carma. Ela está presa e hoje o Lula está solto e é presidente. Nunca deseje mal ao teu pior inimigo.
AS APARÊNCIAS ENGANAM
Para o público em geral, Jorge Viana (PT) e Cesário Braga (PT) fizeram as pazes. Diria que foi só uma trégua. Pelo que escutei de um amigo que conversou recentemente com o JV, este continua com o Cesário entalado na garganta. O motivo, só o JV sabe.
FICARAM NA PINDAÍBA
O motivo do PT e o MDB estarem numa pindaíba política e não conseguindo montar uma chapa competitiva para deputado federal, é porque seus dirigentes envelheceram, achavam que mandato político e o poder eram eternos. Não prepararam novos quadros. No PT, restou o Jorge Viana; e no MDB, a Jéssica Sales.
FICA SEM CHAPA
Falando na Câmara Federal, caso o senador Sérgio Petecão (PSD) não consiga garantir recursos em torno de 1 milhão de reais para cada candidato, não vai conseguir bons nomes para montar uma chapa forte a deputado federal. Tapinha nas costas não resolve. Assim que o jogo é jogado.
COMPLICA MAIS
É muita burrice, muita ingenuidade do clã Bolsonaro, achar que com sanção dos EUA ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, mudará a situação jurídica do ex-presidente Bolsonaro. Complica mais. Continuará inelegível e corre o sério risco de ser condenado e preso no processo por tentativa de golpe de estado, que corre no STF.
NADA QUE MUDE
Não há esturros do Trump que consiga permitir o ex-presidente Bolsonaro ser candidato em 2026 à presidência. As punições contra ministros do STF, comemoradas pelo bolsonarismo, é uma vitória de Pirro.
NOME ÚNICO
Até aqui a candidata ao governo, a vice-governadora Mailza Assis, só definiu um nome para o Senado na sua chapa: Gladson Cameli. A segunda vaga ficará aberta para acordos políticos de alianças.
ALGO EM COMUM
Os quatro candidatos ao governo André Kamai (PT), Mailza Assis (PP), Tião Bocalom (PL) e Alan Rick (UB) têm algo em comum: não escolheram os seus vices.
ÚNICA COISA CERTA
A única coisa certa para 2026, no MDB, é que está fora de cogitação uma aliança com o PT e partidos de esquerda, como na eleição municipal. A aliança para a PMRB, no MDB, é considerada como um erro político.
PEÇAS IMPORTANTES
Numa campanha de deputado federal têm três fatores que pesam para o sucesso: ter estrutura financeira, um experiente articulador político e uma boa divulgação. O resto vem a galope.
MOEDA FORTE
O senador Alan Rick (UB) tem uma moeda forte nas negociações em Brasília com as cúpulas dos partidos, na busca de apoio para disputar o governo: terá mais 4 anos de mandato. Se perder, o partido ao qual estiver filiado ganha um senador. E se ganhar o governo, o seu suplente irá para o partido pelo qual disputou o Palácio Rio Branco. É um cacife forte.
BÓIA DE SALVAÇÃO
A filiação do senador Alan Rick (UB) no MDB é vista como bóia de salvação. Com uma candidatura própria ao governo fica facilitada a montagem de uma chapa competitiva a deputado federal. Sem essa filiação, fica complicado para o Glorioso do Dr. Ulysses Guimarães.
BLOCÃO DE ESQUERDA
Está sendo tentado em Brasília para que o PDT e o PSB se integrem no estado ao bloco de esquerda, na eleição do próximo ano. PDT e PSB, no Acre, são dois escombros políticos. Vivem do nome e viraram cartoriais.
EQUAÇÃO SIMPLES
O governador Gladson Cameli vai apoiar a Mailza para o governo, por uma equação simples: ela estará no governo em 2026 e ele precisará da máquina para apoiar sua candidatura ao Senado. Por isso suas declarações de apoio.
SEM SUPLENTES
Jorge Viana (PT), Gladson Cameli (PP), Mara Rocha (Republicanos), Márcio Bittar (UB) e Sérgio Petecão (PSD), ainda não escolheram os suplentes de suas chapas para o Senado. Vice passa por composições.
MUDANÇA DE CENÁRIO
Todo o atual cenário político pode ser mudado ou não. Por isso, é bom os candidatos majoritários não darem como definitivo o quadro político do momento. Muita coisa pode acontecer este ano.
MUITO FORTE
Pedro Longo, Luiz Beirute, Pedro Pascoal, Vanda Milani, Minoru Kinpara, Márcia Bittar, Ney Amorim, Mazinho Serafim, são nomes sonhados pelo governo reunidos numa chapa para deputado federal.
NÃO SABEREI RESPONDER
O governador Gladson Cameli está num patamar popular muito confortável, mostram as pesquisas. Não sei como é que um governante bem avaliado nomeia alguém para a SECOM, sob argumento de ser a “melhor amiga” da sua namorada, colocando no seu colo sem necessidade, um fato que somente lhe trouxe desgaste. Não me perguntem porque tomou a decisão, pois, não saberei responder. A críticas choveram nas redes sociais. Foi uma pauta negativa. Criar problema para a sua imagem de forma desnecessária
FRASE MARCANTE
“O que é impossível mudar é melhor esquecer”. Ditado iugoslavo.