O mais importante, entre todos os direitos conferidos aos países, e a todos, tem nome: autodeterminação
A autodeterminação dos povos refere-se ao direito que tem um povo de decidir livremente sobre seu próprio destino político, econômico, social e cultural e isto sem ser submetido a qualquer interferência externa. Conclusão: trata-se de um princípio fundamental do direito internacional.
Não fosse assim, as grandes potencias poderiam escolher qual, ou quais as áreas de outros países que seriam dos seus interesses e as incorporariam aos seus próprios territórios. A exemplificar: o que a Rússia vem fazendo com a Ucrânia, o que Israel vem fazendo com os palestinos e um tanto absurdamente, a pretensão do presidente Donald Trump de fazer o Canadá o 51º Estado dos EUA.
É a autodeterminação dos povos que, em escala mundial, tem feito a diferença entre a força do poder e o poder da força. O que seria do minúsculo Uruguaio, caso o Brasil decidisse incorporá-lo ao nosso território?
São vários os países do mundo que estão em conflito e motivados por interesses territoriais. A Índia e o Paquistão continuam em conflito pela região da Casimira, e o mais grave, ambos são detentores de armas atômicas. A China, por exemplo, considera Taiwam uma província rebelde, enquanto isto, desde o ano de 1949, Taiwan se autogoverna e se considera um país independente.
Ao se eleger, pela 2ª vez, presidente dos EUA, Donald Trump assim se expressou: fui eleito não apenas para mandar nos EUA, e sim, em todo o mundo. Se houve um tempo em que, de certo modo os EUA se comportavam como o líder do mundo livre, particularmente, das democracias ocidentais, nada a contestar, afinal de contas, o seu desempenho contra o facismo foi determinante para derrotar o sanguinolento Adolf Hitler.
No mais absoluto desrespeito as regras da OMC-Organização Mundial do Comércio eis que veio presidente Donald Trump com seus tarifaços e determinando o quanto cada país do mundo deveria pagar para poder exportar para os EUA. Em relação ao Brasil, este percentual chegou aos 50%, a despeito das nossas relações comerciais, nos último 15 anos, serem superavitárias em favor dos próprios EUA.
O mundo não tem dono, portanto, as pretensões do presidente Donald Trump, a de mandar em todos os países, está sendo rejeitada pelos seus mais tradicionais e históricos aliados: a União Européia, o México e o Canadá. A exceção de Israel, ora comandada pelo tirano Benjamin Netanyahu, nenhum outro país do mundo está dizendo amém ao tresloucado trumpismo.
Não por acaso, em nosso país, as únicas vozes que vêem se levantando para defender o presidente Donald Trump parte sempre dos bolsonaristas, afinal de contas, já devidamente identificado como o chefão da trama golpista, assim o ex-presidente Jair Bolsonaro será julgado, e com certeza, condenado.