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Estelionato digital cresce no Brasil e Acre registra mais de 460 casos em 2024

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O número de crimes de estelionato praticados por meios eletrônicos continua crescendo no Brasil. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgados na última semana pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (@forumseguranca), revelam um aumento de 17% nesses delitos em comparação com o ano anterior.


No Acre, foram 464 casos de estelionato digital registrados em 2024. Em termos proporcionais, o estado teve uma taxa de 52,7 ocorrências por 100 mil habitantes, o que acende um alerta sobre a vulnerabilidade da população diante de golpes virtuais.


O estelionato digital ocorre quando criminosos utilizam meios eletrônicos — como redes sociais, ligações telefônicas, aplicativos de mensagem ou e-mails — para enganar vítimas com o objetivo de obter dinheiro ou informações pessoais e bancárias.


Transformação dos crimes patrimoniais


Desde 2023, o Anuário observa uma mudança no padrão dos crimes patrimoniais no Brasil. Enquanto os roubos e furtos apresentaram queda, os golpes digitais vêm crescendo, impulsionados pela intensificação da digitalização da vida cotidiana e pelo uso massivo das tecnologias de comunicação.


Apesar disso, o levantamento também destaca a falta de padronização na forma como os estados registram esse tipo de crime. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, por exemplo, não separam os dados de estelionato por meio eletrônico dos demais tipos de golpes, o que dificulta a análise precisa do problema ao nível nacional.


Já estados como Pernambuco só passaram a registrar o estelionato digital de forma distinta a partir de dezembro de 2024. A falta de padronização na tipificação dos crimes virtuais nos sistemas de estatísticas criminais é apontada como um desafio para o enfrentamento desse tipo de delito.


Criminalização recente


O estelionato digital foi incluído no Código Penal em 2021, com penas mais severas. No entanto, o combate a esse tipo de crime requer constante atualização das estratégias de segurança pública, investimento em tecnologia e capacitação das forças policiais.



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