A maior cooperativa de extrativistas de açaí do Amapá anunciou a suspensão da exportação de 1,5 tonelada do fruto para os Estados Unidos, após a imposição de novas tarifas sobre produtos brasileiros pelo governo do presidente Donald Trump. A medida representa um prejuízo estimado em R$ 480 mil para os produtores locais.
A Amazonbai, cooperativa que reúne 151 extrativistas do arquipélago do Bailique, em Macapá (AP), e da região da “beira Amazonas”, comercializava o açaí em duas versões: polpa congelada e liofilizado (em pó). Segundo a entidade, a polpa era vendida a US$ 5 o quilo (cerca de R$ 27,69), enquanto o açaí em pó chegava a US$ 60 o quilo (aproximadamente R$ 332,25).
A remessa de açaí liofilizado prevista para julho foi interrompida em razão do chamado “tarifaço”, que afeta diretamente o comércio de produtos agroextrativistas entre o Brasil e os Estados Unidos.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2024, apontam que o açaí é um dos principais motores da economia amapaense, movimentando comunidades tradicionais e cooperativas em diversas regiões do estado.
