Foto: Sérgio Vale
A presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, afirmou neste domingo (27), durante participação no programa ac24agro, que o órgão tem buscado aproximação com sindicatos e cooperativas, ampliado frentes de trabalho nos ramais e se prepara para dar ordem de serviço nas obras do viaduto da Corrente que deve sair por cerca de R$38 milhões.
Sula explicou a relação com sindicatos. “É assim, os sindicatos têm um pouco de resistência devido a tanto tempo, então eles criaram um certo descrédito. A gente está tentando aproximar, fazendo… não estamos 100%, estamos muito longe disso. Mas, assim, pelo menos o governo do Estado, pelo DERACRE, tem buscado essa aproximação com cooperativas, sindicatos, também vereadores, prefeituras. Como quando se fala de ramais. Quando se fala de ramais nesse momento com relação a cooperativas e sindicatos, o que a gente busca? As indicações. É o que eu tenho feito lá no Deracre, reuniões. A gente já começou isso ano passado, porque quando eu entrei, a gente estava entrando no verão, que foi em março, então não deu tempo de articular muito bem. Mas para este ano, a gente começou em novembro essa articulação. Então a gente visitou os 22 municípios, falamos com muita gente, ainda ficou gente, ainda ficamos devendo algumas coisas. Mas a maioria do que nós estamos fazendo hoje é sobre a indicação das cooperativas e sindicatos que nós estamos atuando”, explicou.
A presidente do órgão destacou que tenta atender às demandas da sociedade, como produtor e morador mesmo de ramal. “Eu estou falando lá do produtor, eu estou falando do morador do ramal, entendeu? Então, assim, nós recebemos ainda agora, em plena ação, na Transacreana, nos outros municípios. Eu recebo mensagem o tempo inteiro: ‘Sula, o nosso ramal é…’ diz o nome do ramal, eu passo para o gerente de ramais ou então eu mesma vou”.
Foto: Sérgio Vale
Ximenes destacou que são 20 mil quilômetros de ramais no estado do Acre. “Nós começamos por Porto Acre, que ganha de todos, que é em torno de 3.500. Depois a gente vai para Sena Madureira. E, em terceiro lugar, Rio Branco, que é em torno de 2.500 quilômetros, a Transacreana. Em torno de 2.500, que é o que a gente tenta trabalhar lá na Transacreana. Aquela é dividida, né? Uma parte o Estado entra, outra parte… A gente fez várias reuniões, isso, várias reuniões, e definimos que até o quilômetro 30 a Prefeitura trabalharia. Do quilômetro 30 até o 100 — que a Transacreana agora não está mais só até o 100, ela já vai a 140, 150 quilômetros — então a gente abrange tudo aquilo ali e o Estado”.
Ela explicou que hoje o Deracre tem 7 equipes trabalhando. “Quando eu falo 7 equipes, é 7 frotas. Cada frota com 6, 7 equipamentos. Então isso resulta em várias frentes de serviço. Só na Transacreana, a gente não ataca 7 a mais. Com 7 frotas, a gente ataca, em média, por vez, 15, 20 ramais, entendeu? Então nós esperamos fazer todo o nosso planejamento este ano com relação a ramais na Transacreana. Não é fácil e nem está 100%, porque a gente não consegue, entendeu? Mas o governo do Estado, assim, investiu mesmo com relação à Operação Verão, que não é só ramais. Operação Verão é asfalto, é aeródromos, é ponte, mas ramal tem grande peso”, ressaltou.
Sula revelou a necessidade de mais investimento. “Se nós conseguíssemos mais investimentos, porque o governo do Estado já investe muito nos ramais, tanto em equipamentos, mão de obra, entendeu? Mas, assim, precisamos de mais ajuda, né? Precisamos de mais indicações parlamentares para mais. Seria a bancada federal, por exemplo, investir mais emendas? Sim, muito bem-vindo. Eles já alocam, mas é assim, as emendas têm um tempo, né? Quando corre muito rápido, é um ano e meio, entendeu? Projeto, execução, às vezes eles apontam um ponto crítico que, quando a gente fez o projeto, fez a licitação, que vai começar o trabalho, já não é mais um ponto crítico. Porque já passou dois anos, a gente já foi lá, já fez, tem que relatar de novo. Mas, assim, eu acredito que mais investimento e a união de todos, é todos, é Estado, prefeituras, parlamentares, comunidades, sindicatos”.
Foto: Sérgio Vale
Em relação ao viaduto da Corrente, Sula disse que a obra foi suspensa. Ela disse que o governo teria vontade de iniciar a obra este ano, mas ela acredita que deve dar ordem de serviço nos próximos meses. “Ele foi suspenso, né? Sim. Mas a gente está seguindo os trâmites pedidos por ele. Já entregamos na semana passada e estamos aguardando uma resposta. Olha, a vontade do governo do Estado do Acre e do Deracre era que a gente pudesse já começar as obras este ano. Se o verão for até novembro, eu acredito que a gente… Porque ali é uma obra que não precisa estar só no verão. A gente consegue trabalhar no inverno também. Então, nós acreditamos que até o final de agosto ou setembro a gente está dando a ordem de serviço e vamos seguir com os trabalhos”, declarou.
Ela acredita que a obra pode ser entregue em um ano e meio. “É, ele é maior, mas ele, em termos de execução, o tempo é bem menor. A gente, a execução dele, um ano e meio, a gente entrega. Um ano e meio. Mas eu acredito que se a gente conseguir começar ele este ano, até o final do ano que vem, setembro, outubro, nós estamos entregando aquele viaduto. E olha que, se der tudo certo, for homologada a licitação e a gente conseguir dar a ordem de serviço, eu vou colocar para cima, que é para a gente entregar. Agora eu te digo, se tudo ocorrer bem este ano, a gente conseguir dar a ordem de serviço. Porque, assim, olha, tem muitos atrapalhos, às vezes as empresas entram para fazer, aí entra com adequação no projeto”, explicou.
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