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‘Respira Acre’, da ApexBrasil e Sebrae, usa bioeconomia com foco na exportação

Foto: Sérgio Vale
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A maior vitrine da cultura e da economia acreana, a Expoacre 2025, será palco do lançamento oficial do programa “Respira Acre”, resultado de uma iniciativa inédita de valorização do artesanato e dos biomateriais produzidos no estado, com foco na moda autoral e na exportação.


Em entrevista ao ac24agro neste sábado, 26, na primeira noite da Expoacre 2025, o gerente de projetos do Sebrae, Aldemar Maciel, e a gerente de Indústrias e Serviços da ApexBrasil, falaram sobre o Programa ‘Respira Acre’ que será lançado no domingo (26).


Idealizado pela ApexBrasil, com apoio do Sebrae, Sintecal, CICB e o Grupo Arezzo, o projeto marca uma nova etapa para o artesanato regional, com produtos desenvolvidos a partir da identidade cultural acreana voltados para o setor da moda, um mercado ainda pouco explorado pelos produtores locais.

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“Bom, o Respira Acre é uma proposta realizada pela Apex Brasil, que convidou o Sebrae para participar de uma parceria para que pudéssemos juntos desenvolver ações de valorização do artesanato acreano, utilizado largamente para a venda no varejo, mas que dessa vez a gente pudesse desenvolver uma coleção usando artesanato e biomateriais para a produção de produtos voltados para um outro mercado que a gente não havia explorado até então, que é o mercado da moda”, explicou Aldemar Maciel, gerente de projetos do Sebrae.


A coleção foi apresentada nos grandes eventos do setor, como o InspiraMais, em janeiro de 2025, em Porto Alegre, e a BF Show, com a presença do presidente da Apex, Jorge Viana. “Nada mais justo do que a gente apresentar essa coleção aqui no Acre. Fazer o lançamento dessa coleção aqui”, afirmou Aldemar Maciel.


Maria Paula também falou sobre o papel transformador do projeto que será lançado neste domingo (27). “A Apex Brasil é a agência brasileira que promove as exportações. Então, o presidente Jorge Viana, à frente dessa instituição, logo quando ele entrou, estimulou, de fato, para que a gente olhasse, ter esse olhar para os biomateriais na Amazônia e como transformar isso em negócios. Isso é uma concretude que, de fato, ocorreu”, ressaltou.


Ela destacou que o projeto não se resume à estética ou apropriação simbólica: “A ideia é justamente pegar esses materiais, poder voltar isso para a região, voltar aqui para o Acre, e gerar renda, gerar negócios, gerar empregos. É uma coleção cápsula, como eles chamam, não é em grande escala”, explicou.


Segundo Aldemar de Oliveira, do Sebrae, a iniciativa garante autonomia ao artesão: “Essa atividade de promoção e acesso ao mercado é feita levando o artesão para negociar diretamente com o comprador. Então, você não tem a figura de um atravessador, de ninguém querendo tirar vantagem. A gente precisa buscar e desenvolver novos mercados e essa é a estratégia que tem sido defendida pela Apex e pelos parceiros”, relatou.


“Por exemplo, agora no mês passado, dois artesãos do Acre foram selecionados pela Apex e participaram de uma rodada internacional de artesanato em Portugal. No Brasil inteiro foram 20. Dois eram do Acre. É um número muito significativo”, finalizou.


O Programa Respira Acre envolve desde comunidades indígenas e ribeirinhas até artesãos individuais e empresas. “A gente fez uma miscelânea de cultura acreana e levou o que a gente tinha de melhor, aliado a uma boa estratégia de marketing e aliado também a um conhecimento de inovação e design que a Sintecal trouxe para esse conjunto”, disse Aldemar.


Maria Paula reforçou que há espaço para todos: “Quando você tem essa singularidade, essas peças artesanais que são únicas, você agrega valor. Você está falando de vendas, de objetos de consumo. Você tem espaço para todas as frentes”, destacou.


Ela explicou que a exportação é um processo com etapas, e não uma solução imediata: “Não adianta também falar assim: ‘vou imediatamente entrar no mercado internacional’. Então, é fundamental a união das instituições. É uma trilha. Não é uma solução imediata”, explicou.


Encerrando, ela ressaltou o compromisso da Apex com o fortalecimento regional. “A gente viu o potencial que existia no Acre, foram capacitados mais de 100 artesãos, foram selecionados 18, que tiveram essa oportunidade de estar tanto no lançamento no Rio Grande do Sul quanto aqui na Expoacre”, finalizou.


 


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