Como é que a Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC) consegue ser o único órgão do sistema de Justiça que ainda não realizou concurso para a área administrativa? Enquanto TJAC, MPAC, TCE, câmaras municipais e até conselhos de classe já abriram vagas para efetivos, a DPE segue firme com seus cargos ocupados, majoritariamente, por comissionados.
O TJAC lançou um edital cheio de boas intenções: vai pagar até R$ 500 por mês para pessoas negras ou autodeclarados negros se prepararem para o ingresso na magistratura. Mas calma, o benefício é exclusivo para quem já é servidor do próprio tribunal. Ou seja, equidade sim, desde que seja interna corporis. Já o povão que sonha com a toga vai ter que continuar se virando com apostila usada e cursinho parcelado. O mais curioso? Quem já está lá dentro com salário e estabilidade é quem ganha o reforço. Para os demais “concurseiros”, só resta mesmo a fé (e o cartão de crédito).
Rapaz, que cortes inéditos são esses que um chefe de poder fez, hein? Se mandar embora quem dirige para as autoridades agora é considerado inovador, então estamos realmente revolucionando a administração pública.
Com tantas ruas da capital em péssimo estado, a Prefeitura de Rio Branco optou por recapear duas ruas importantes que já estavam em bom estado de conservação: Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Segundo fontes, só pra marcar presença mesmo. O resultado é que as ruas paralelas que ficam entre uma e outra agora têm “degraus”, pela diferença de espessura da camada asfáltica.
Fontes do Palácio Rio Branco andam afiadas nas especulações políticas. Em meio ao fogo cruzado entre Mailza, Nicolau e Bocalom pela sucessão de Gladson Cameli, uma hipótese vem ganhando força: e se o “01” decidir apoiar Alan Rick? Quem acompanha os bastidores lembra que, em 2024, Bocalom, antes desafeto, acabou sendo o escolhido — então, nada é impossível nesse roteiro da política acreana.
Um dos “Cabeças Pretas” do MDB soltou uma indireta ao avistar de longe o presidente regional da sigla, Vagner Sales: “é culpa dele a gente não ter um prefeito na capital”. A crítica faz referência a um suposto acordo político, segundo o qual o governo estadual poderia apoiar Marcus Alexandre em Rio Branco, desde que Jéssica Sales não disputasse a Prefeitura de Cruzeiro do Sul. Resultado: acabaram chupando dedo e sem espaços nas duas cidades mais importantes do estado.
O destaque positivo da semana vai para o 2º Batalhão da Polícia Militar, que já capturou seis fugitivos após as recentes fugas da Unidade Penitenciária. O trabalho da tropa, sob o comando do tenente-coronel Felipe Russo, merece reconhecimento.
A corda está voltando a ficar tensa novamente entre pecuaristas e frigoríficos. Já é um clássico. O gargalo da vez não é nem o preço da arroba praticada no Acre (um dos mais baixos do país).
O problema do momento é a “escala”. O que é isso? Chama-se “escala” ao período em que o produtor apresenta o gado para abate, o frigorífico aceita e anuncia a data de pagamento. Esse período, reclamam os pecuaristas, está longo demais: 120 dias.
A linha de argumentação tem o seguinte cenário financeiro: os bancos cobram 4% de juros para capital de giro. Isso resulta em um percentual de 48% ao ano. “Qual a rentabilidade de qualquer atividade que pague isso?”, perguntam os produtores de carne.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Acre, Murilo Leite, negou que a escala esteja em 120 dias. Admitiu que a escala está mais alongada, mas argumentou que é um cenário típico dessa época do ano, situação já noticiada no site ac24agro, aliás.
De acordo com Leite, “não é uma situação atípica para o período”, afirmou, antes de assegurar. “Os frigoríficos não escalam boi para 120 dias”.
Buscando o equilíbrio, é preciso reconhecer também que o “efeito Trump” desestabilizou o cenário. Ninguém fica indiferente quando um cliente como os EUA sobretaxa em 50%: sobra para todo mundo. Mesmo assim, produtores consultados pela coluna admitiram, sob anonimato, que os grandes frigoríficos por aqui não estão com escala tão alongada.
Na prática, o JBS abriu compra ontem e está pagando dia 15 de agosto. Se o produtor procurar o BMG também está com escala semelhante. Ou seja: não há nada de anormal, mesmo diante de um cenário externo de instabilidade.
O prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno, estaria estudando a contratação do show de Bruno e Marrone para Festival do Abacaxi ou ExpoTarauacá, ainda em 2025. O prefeito não respondeu aos contatos do ac24horas para confirmar ou negar a informação que veio de dentro de sua gestão. Vamos aguardar!