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O médico infectologista Thor Dantas fez um alerta em suas redes sociais nesta terça-feira (22) sobre a importância da vacinação contra o sarampo, especialmente diante do atual cenário epidemiológico na região. Segundo o especialista, o sarampo é uma doença altamente contagiosa, capaz de provocar surtos e epidemias com frequência, além de graves complicações à saúde.
“É uma doença infecciosa extremamente preocupante pelo risco de causar epidemias e pela gravidade dos casos. Está entre as mais transmissíveis que conhecemos”, afirmou Dantas.
O infectologista explicou que o vírus se espalha com facilidade entre as pessoas e pode comprometer seriamente o sistema imunológico, deixando o organismo vulnerável a outras infecções. “O sarampo interfere fortemente na nossa imunidade. Muitas vezes, a pessoa acaba desenvolvendo infecções secundárias graves, como pneumonias — principal causa de morte em crianças com sarampo. Também pode provocar encefalite, uma inflamação no cérebro, com alto risco de morte ou sequelas neurológicas permanentes.”
Thor Dantas demonstrou preocupação com a situação no Acre, principalmente por dois fatores: o surto de sarampo registrado na Bolívia, país vizinho, e a baixa cobertura vacinal no estado. Segundo ele, a taxa ideal de cobertura para conter a circulação do vírus deve ser de, no mínimo, 95%.
As estratégias mais urgentes, segundo o médico, são a ampliação da vacinação e o monitoramento ativo de possíveis casos. Ele orienta que todo paciente que apresentar febre, manchas avermelhadas na pele e sintomas como tosse, coriza ou conjuntivite deve ser considerado um caso suspeito.
Outro ponto importante destacado pelo infectologista é a recomendação de dose de reforço para pessoas nascidas entre 1991 e 2000. “Esse grupo provavelmente recebeu apenas uma dose da vacina, já que houve mudanças no calendário vacinal nesse período. Essas pessoas devem procurar uma unidade de saúde para atualizar o esquema vacinal. E mesmo quem tem dúvida, vale a pena vacinar novamente”, reforçou.
Dantas finalizou com um apelo à população e às autoridades de saúde: “A vigilância ativa e a vacinação são as medidas mais eficazes no momento para evitar a reintrodução do vírus e proteger a população.”
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