O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou nesse domingo (20) um vídeo na sua rede social Truth Social gerado por inteligência artificial mostrando a prisão do ex-presidente Barack Obama no salão oval da Casa Branca.
No texto, ele escreve que ‘ninguém, especialmente o presidente, está acima da lei’. O vídeo termina com Obama vestido com um macacão laranja em uma cela de prisão.
Um outro vídeo postado pelo republicano mostra mais democratas, incluindo o ex-presidente Joe Biden e a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi trazendo novamente a frase de que ‘ninguém está acima da lei.
A publicação acontece alguns dias após Tulsi Gabbard, diretora de inteligência nacional dos EUA, divulgar um relatório em que afirma que Obama e outros membros do Gabinete de Segurança fabricaram informações sobre a interferência russa nas eleições de 2016. O objetivo seria ‘preparar o terreno para o que foi essencialmente um golpe de Estado de anos contra o presidente Trump’, se referindo ao processo eleitoral de 2020, em que o republicano afirma que não perdeu.
‘Criar essa peça de inteligência fabricada que alega que a Rússia ajudou Donald Trump a ser eleito contradiz todas as outras avaliações feitas anteriormente nos meses que antecederam a eleição, que diziam exatamente o oposto, que a Rússia não tinha a intenção nem a capacidade de tentar hackear a eleição presidencial dos Estados Unidos’, disse Gabbard.
A diretora encaminhou o relatório para o Departamento de Justiça para uma análise maior. Segundo ela, agora cabe à procuradora-geral Pam Bondi e ao diretor do FBI Kash Patel reunir as evidências para prosseguir com a acusação.
O anúncio ocorre no momento em que Trump busca superar as reações negativas que recebeu de seus apoiadores sobre a forma como seu governo lidou com o caso Jeffrey Epstein.
Enquanto alguns apoiadores de Trump aplaudiram o vídeo e pediram a prisão de Obama, outros questionaram se era uma tentativa de desviar a atenção do caso Epstein.
Uma decisão de 2024 da Suprema Corte protegeria Obama em caso de uma tentativa de prisão, já que determina que ex-presidentes tenham ampla imunidade contra processos criminais por atos oficiais.