Os últimos acontecimentos políticos, com a entrada da candidatura do prefeito Tião Bocalom (PL) em cena, deram uma sacudida no cenário da disputa do governo em 2026. Teremos agora três candidatos bolsonaristas: Mailza Assis (PP), Alan Rick UB) e Bocalom (PL). Os três idolatram Jair Bolsonaro. Mailza e Bocalom defendendo o projeto que está no poder no Palácio Rio Branco, e o Alan sendo uma voz de oposição ao sistema comandado pelo governador Gladson Cameli. E o nome do campo da esquerda, André Kamai (PT), fazendo oposição partidária e ideológica aos três candidatos e ao modelo que está no governo estadual. Será uma disputa interessante e a eleição deixará várias opções para o eleitor. Este é o jogo que será jogado no próximo ano.
NÃO BRIGO, NUNCA!
Nos meus mais de 40 anos de jornalismo adotei um mantra do qual não abro mão: o de não brigar com a notícia. Sendo verdadeira, eu publico. Não importa qual a reação política.
NADA MAIS DO QUE ISSO
Não consigo ver nada de extraordinário nas declarações da vice-governadora Mailza Assis ao BLOG, sobre a sucessão estadual, reafirmou apenas que em todos os cenários será candidata ao governo no próximo ano, um direito seu inalienável. Na política não há lugar para quem não é ousado. Ponto final.
CANDIDATURA CONFIRMADA
O BLOG já tinha dado em primeira mão e, eu volto a reafirmar: o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, será candidato a deputado federal. Recebeu convite do governador Gladson e aceitou. Se ele tiver um bom coordenador de campanha e saber capitalizar o poderio da estrutura da Saúde em todo estado, torna-se competitivo.
RELAÇÕES ARRANHADAS
Como uma coisa puxa a outra, o secretário Pedro Pascoal e o deputado Adailton Cruz (PSB) não falam mais a mesma língua e nem sentam na mesma mesa política. As relações se arranharam por conta das discussões sobre o PCCR da Saúde.
DIA DE SÃO NUNCA
Falando no PCCR da Saúde, deve ser colocado em votação e aprovado na ALEAC, dia de São Nunca, de tarde.
IDADE DA PEDRA
O deputado Eduardo Bolsonaro vive na Idade da Pedra da política. Fala como se no País vigorasse uma ditadura em que se pode punir magistrados e anular penas judiciais. Com suas bravatas complica cada vez mais a situação do pai Jair Bolsonaro.
UM CENÁRIO
Fala-se em muitos cenários para o governador Gladson Cameli em 2026, mas não se fala em um que pode acontecer: ele não ser candidato a senador e terminar seu mandato. Tudo vai depender da sua situação jurídica no STJ, após o seu julgamento. Ou seja: o quadro para o governo pode mudar completamente. Cautela, pois!
PODE ACONTECER
Pode acontecer da chapa do PL para deputado federal ter em seus quadros políticos, nomes com reduto eleitoral, como Vanda Milani, Jesus Sérgio, Antônia Lúcia, Delcimar Leite (vice-prefeita de Cruzeiro do Sul) e Mazinho Serafim. Não é nada oficial, mas é um cenário provável de vir a ocorrer em 2026.
COMENDO PELAS BEIRADAS
O ex-prefeito Mazinho Serafim tem boas relações com o governo federal. Conseguiu emplacar as direções do GEAP e dos Correios no estado. A sua força está no mandato da mulher e deputada federal Meire Serafim (UB).
NÃO DÁ AS CARAS
A Federação formada pelos partidos de esquerda comandados pelo PT, não conseguiu formar chapas fortes para deputado federal e nem deputado estadual, e se não se mexerem o grupo pode acabar zerado de mandatos nesta área em 2026. O Jorge Viana, que é o único nome de votos que restou à esquerda, não faz política, sua vida é viajar ao exterior, e deixou o grupo abandonado. Esqueceu que passou o tempo que o PT estalava o dedo e choviam políticos querendo ser candidatos.
CAMPANHA ABERTA
Não adianta mais ficar naquela dúvida se o prefeito Tião Bocalom (PL) será ou não candidato a governador em 2026, ele se encontra em campanha aberta, inclusive, com idas constantes ao interior. Só na semana que passou esteve em Feijó e Tarauacá. A vice-governadora Mailza Assis, na sua boa fé, foi muita ingênua ao imaginar que o Velho Boca lhe apoiaria.
PODE ESQUECER
Os deputados federais e senadores que destinaram emendas parlamentares para prefeitos do interior e acham que por conta disso terão apoio para as suas reeleições em 2026, esqueçam. Se não chegarem na campanha com grana para assegurar uma aliança, podem esquecer. Porque vem outro, cacifa e leva o apoio. É assim que funciona a política. Fidelidade na política é coisa rara.
VIROU UMA PENEIRA
A Penitenciária Francisco de Oliveira Conde virou uma peneira, as fugas se sucedem uma atrás da outra. E não se monta um plano de segurança para evitar que bandidos perigosos voltem à liberdade. O que deixa a população mais insegura ainda do que se encontrava.
FECHADO COM MAILZA
O deputado Afonso Fernandes, que preside a Federação formada pelo Solidariedade e o PRD, disse ao BLOG estar o grupo fechado com a candidatura da vice-governadora Mailza Assis ao governo em 2026.
DANÇOU DE TAMANCO
O MDB ainda sonha com a filiação do senador Alan Rick (UB) no partido, mas todos os indicadores apontam no sentido de uma filiação na sigla Republicanos. O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) já faz esta conta há muito tempo. Tudo leva a crer que o MDB dançou de tamanco na maionese.
PURA HIPOCRISIA
PP, PSD, MDB, União Brasil, Republicanos, todos têm ministérios no governo do Lula. Por isso, cheira a pura hipocrisia quem for candidato ao governo do estado por um desses partidos, posar de antipetista. Quem come na gamela não pode falar mal da gamela. Vira um mal agradecido.
MORREM ABRAÇADAS
As candidatas a deputada federal Fernanda Hassem (PP) e Leila Galvão (MDB), devem ser as mais votadas de Brasiléia. Mas se não tiverem votos em outros redutos eleitorais, mesmo adversárias, vão morrer abraçadas nas urnas.
SISTEMA SERÁ BRUTO
Os nomes novos para o parlamento federal são muito fortes. Some-se a eles os deputados federais com suas estruturas e teremos um quadro de pelo menos quinze candidatos disputando com chance as oito vagas na Câmara Federal. Será uma guerra financeira. O sistema será bruto, quem não tiver muita grana ficará pelo caminho.
O DILEMA DA PERPÉTUA
A ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), que será candidata a um novo mandato, terá que buscar um partido para se filiar, porque a tendência da Federação dos partidos de esquerda é a de não formar chapa forte para a Câmara Federal. Entrar numa chapa que apoie a Mailza ou o Alan ao governo, que são bolsonaristas, está fora de cogitação. Pelo seu perfil de esquerda, ela não seria aceita.Tem que buscar uma chapa de centro. Ou arriscar ser bem votada na Federação da esquerda e não se eleger. Eis o seu dilema.
FRASE MARCANTE
“Não deixe que os elogios inflem o teu ego, nem que as críticas te desanimem. Conhece a ti mesmo e mantém a equanimidade.” Marco Aurélio.