No silêncio de um rancho às margens da estrada de Porto Acre, o som dos cascos e os relinchos suaves dos cavalos têm sido, há anos, sinais de esperança. É ali que funciona o Projeto de Equoterapia da APAE de Rio Branco, responsável por transformar vidas por meio de uma abordagem terapêutica que une afeto, técnica e inclusão.
Cerca de 40 pessoas entre crianças, jovens e adultos com deficiências ou transtornos dependem do atendimento. Mas o futuro desse trabalho social e clínico vive dias de incertezas.
O motivo é o encerramento do patrocínio do banco Santander, principal fonte de financiamento do projeto. A parceria termina ainda neste mês de julho, deixando a continuidade das atividades em risco. Sem os recursos, a possibilidade é de redução drástica dos atendimentos ou até suspensão total, o que causaria prejuízos imediatos a dezenas de famílias que hoje contam com os benefícios comprovados da equoterapia.
Durante visita realizada pelo videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, a realidade encontrada evidencia a importância da iniciativa. Entre os atendidos estão pessoas com deficiências físicas, intelectuais, sensoriais, transtornos do espectro autista, dificuldades de aprendizagem e traumas psicológicos. Para muitos, a equoterapia é o único tratamento acessível que proporciona avanços significativos na autonomia e na qualidade de vida.
A ameaça de interrupção do projeto mobilizou a APAE, que agora faz um apelo à sociedade civil, a empresários e ao poder público. A instituição busca apoio financeiro para manter o atendimento e preservar um espaço que vai além da terapia: um lugar de acolhimento, convivência e superação.
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Parte 2
