Por diversas vezes comentei que por trás da figura com aparência serena da vice-governadora Mailza Assis, existe uma mulher de posições firmes. A sua entrevista hoje (18) a este BLOG, veio reforçar o entendimento. Ante a um movimento de bastidores que envolve segmentos do grupo que venceu a última eleição municipal para queimar a sua candidatura ao governo, ela reagiu de forma dura. Considera que pelo fato de ser mulher sofre uma “violência política”. E deixou um recado ferino e duro aos que praticam contra ela o chamado “fogo amigo”: “Não vão me calar”. Pela carta que mandou ao BLOG, ela deu um recado aos secadores do seu nome, que não vai se acovardar e que vão ter que enfrentar uma mulher corajosa e decidida. Abaixo, vai na íntegra, com exclusividade a postagem completa da vice-governadora Mailza Assis enviada ao BLOG: “Boa tarde, Sr. Luiz Carlos. Minha candidatura é para valer. Não é fruto de imposição e nem de vaidade pessoal, é resultado de uma trajetória construída com trabalho, escuta e presença. Essa caminhada começou em 2003 como militante da boa política e ganhou força em 2014, quando fui candidata a suplente do Gladson Cameli na disputa do Senado, sempre seguindo com coragem, fé e compromisso. Tenho respeito por todos os nomes que se colocam no debate (disputado do governo), mas também não posso deixar de reconhecer que, quando uma mulher se posiciona na política, ainda enfrenta tentativas constantes de deslegitimar sua voz, seu espaço e sua capacidade. Isso também é violência política de gênero -quando querem me empurrar para fora de um projeto legítimo, como se eu fosse apenas uma peça substituível ou decorativa. Não sou. Não estou aqui a passeio. Estou aqui porque fui eleita, sou vice-governadora, já fui senadora da República e percorro os municípios todos os dias, entregando resultados. Não me submeto a conchavos nem recuo diante de pressões. Meu compromisso é com o povo do Acre, especialmente com as mulheres que todos os dias lutam por espaço, por respeito e por dignidade. Aos que tramam contra a minha candidatura, digo com serenidade e firmeza: não vão me calar. Sigo em frente com coragem e fé, porque eu acredito no Acre”.
QUEBRARAM A CARA
Aos que achavam dentro do grupo de poder que poderiam manipular a vice-governadora Mailza Assis como se manipula um mamulengo, pelo recado que mandou na sua postagem ao BLOG, quebraram a cara. Não vão demovê-la de disputar o governo.
TERRA DE MURO BAIXO
Rio Branco é terra de muro baixo, qualquer articulação de bastidores, por mais escondida que seja, não aguenta algumas horas de sigilo. Se quem milita na política vê claramente uma armação para queimar o seu nome e lhe substituir por uma candidatura alternativa, como é que queriam que a vice-governadora Mailza Assis, que está dentro do jogo, não ficaria sabendo? A armação está escancarada até demais.
ARGUMENTOS FRÁGEIS
Os argumentos que usam no seio do poder para lhe detonar são as pesquisas. Estamos a mais de ano da eleição. O Edmundo Pinto começou com 3% e virou governador. O Marcus Alexandre com 3% e acabou prefeito. O jogo de 2026 ainda nem começou.
MAIS UM DETALHE
Caso o Gladson se afaste do governo para ser candidato ao Senado ou por um motivo jurídico, quem assume é a Mailza, não estão colocando esta situação nas conversas que se processam para lhe convencer a não ser candidata a governadora. Ou acham que vão chegar e dizer, para quem estará com a caneta na mão: Mailza, você não será candidata. Estão brincando, né?
ENGANADOS COM O ALAN
Quem deve estar assistindo de camarote este início de racha no grupo do poder é o senador Alan Rick (UB), que é um candidato a governador perigoso, com potencial, e que não será fácil de lhe derrotar.
OLHANDO O MDB
Na posse do ex-prefeito Marcus Alexandre na presidência do diretório municipal do MDB, estavam presentes representantes do senador Alan Rick (UB) – o suplente Gemil Júnior – é o dirigente do PP, Lívio Veras. O MDB está organizado em todos os municípios, por isso é visto como um aliado importante pelos candidatos ao governo em 2026.
PRECISA SER MAIS CLARO
O governador Gladson Cameli precisa ser mais claro sobre a sua sucessão. Num dia rasga elogios e diz ser a vice-governadora Mailza Assis a sua candidata e que vai ganhar com ela; no outro incentiva o prefeito Bocalom a viajar para o interior e tornar visível e sua candidatura; e manda o deputado Nicolau Júnior (PP) tentar viabilizar sua candidatura a governador. Alguém entende o Cameli?
TUDO PREPARADO
O ex-presidente Bolsonaro, depois de ser penalizado com uma tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares pelo STF, não deve vir para a filiação do senador Márcio Bittar (UB) no PL, que acontecerá dia 22 em Rio Branco.
NO PL
Quem se filiará neste sábado no PL, são a ex-prefeita Néia, de Tarauacá; e o seu marido, Jesus Sérgio, que será candidato à Câmara Federal. Jesus foi um deputado federal com uma atuação parlamentar muito fraca, imperceptível.
BUSCOU A PUNIÇÃO
A família Bolsonaro morre pela boca. O pai Jair Bolsonaro, se tivesse aceitado o resultado da eleição do Lula, não tinha se metido na confusão da tentativa de golpe de estado, não estaria inelegível e seria um candidato forte. Seu filho Eduardo Bolsonaro, montou uma trapalhada com o Trump para chantagear o País e o STF, com a aplicação pelos EUA de um tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros, para usar como moeda de troca para o pai ser anistiado. e deu com os burros na água. A trama contra a soberania da justiça acabou com o Jair Bolsonaro usando uma tornozeleira eletrônica. Triste fim.
NÃO COMEMORO
Vi muita gente comemorando a humilhante situação a que o ex-presidente Jair Bolsonaro está submetido pelo STF, quase uma prisão domiciliar. Dou a notícia como fato político, mas não comemoro. Não sou daqueles que comemoram a desgraça alheia só por ser contrário às suas idéias. O problema é judicial e não para festa. Quem quiser comemorar, que faça bom proveito.
É CANDIDATO
Dois amigos conversaram ontem com dois dos secretários mais importantes do prefeito Tião Bocalom, e ambos com a mesma convicção: “Bocalom é candidato ao governo”. Mais claro não pode ficar.
DADA COMO CERTA
Já é dada como certa a filiação do senador Alan Rick (UB) no Republicanos, embora, ele não tenha ainda confirmado a possibilidade. A hipótese de ir para o MDB ou PSD está mais distante.
FRASE MARCANTE
“A amizade que pode terminar nunca foi verdadeira”. São Jerônimo.