George Washington de Oliveira Sousa, natural de Xinguara (PA) e condenado por planejar um atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, está foragido. Sentenciado a nove anos de prisão, ele desapareceu após obter progressão de regime, concedida em fevereiro deste ano.
Diante da ausência, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a notificação por edital — recurso utilizado quando o réu está em “local incerto e não sabido” — para garantir o andamento do processo.
George foi preso em dezembro de 2022, pouco antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após confessar que pretendia explodir um caminhão-tanque com 63 mil litros de querosene no aeroporto de Brasília. Segundo ele, a ação visava provocar o caos, impedir a posse e forçar uma intervenção militar.
O comerciante afirmou ter investido cerca de R$ 160 mil na compra de armas e explosivos, inspirado por declarações do então presidente Jair Bolsonaro. No apartamento onde estava hospedado, a polícia encontrou fuzil, pistolas, revólveres, espingardas, munições, uniformes camuflados e cinco emulsões explosivas, supostamente vindas de garimpos e pedreiras do Pará.
A Justiça concluiu que George pretendia formar uma rede armada com objetivo de atacar instituições e ameaçar a democracia. A investigação continua em busca do paradeiro do condenado.