Produtores de banana de Tarauacá terão nesta quarta-feira, 16, palestras educativas com o objetivo de alertar sobre os cuidados proteger bananicultura contra pragas. A ação será realizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF), às 9 horas, no auditório do Sinteac no município. O órgão também está intensificando monitoramento e ações educativas em Feijó com esse tema.
Com a cultura da banana cada vez mais consolidada no Acre, tornando-se uma atividade essencial para as áreas social e econômica da região Norte, o governo do Estado, por meio do Idaf, vem intensificando as ações de monitoramento de pragas em plantios e atividades educativas, para orientar os produtores quanto à identificação de sintomas, notificação e a adoção de boas práticas agrícolas.
Atualmente, o Acre possui o status fitossanitário de sem ocorrência do moko da bananeira, praga quarentenária presente em outras regiões do Brasil e que pode causar severos danos à cultura. Esse reconhecimento favorece a comercialização, garante a qualidade dos frutos e agrega valor ao produto acreano.
Além disso, o Idaf realiza levantamentos contínuos para a detecção da fusariose Raça 4 Tropical, considerada a principal ameaça à bananicultura mundial e ainda ausente no Brasil. No Acre, a equipe técnica do Instituto promove o monitoramento das áreas produtoras e desenvolve ações educativas voltadas à prevenção da praga, reforçando o compromisso com a sanidade vegetal no estado.
O Idaf busca, ainda, reforçar a Instrução Normativa nº 17, de 31 de maio de 2005, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que proíbe o transporte de bananas em cacho em todo o território nacional.
De acordo com o artigo 6º da normativa, o trânsito desse tipo de carga é vedado como medida preventiva para o controle de pragas que afetam a produção, como a sigatoka negra, considerada uma das doenças mais destrutivas da bananeira em nível mundial. No Acre, ela representa uma das principais ameaças à bananicultura.
A legislação determina que as bananas devem ser transportadas despalmadas (retiradas dos cachos) e acondicionadas em caixas, livres de folhas de bananeira ou qualquer outra parte da planta. Essas práticas reduzem os riscos de contaminação, facilitam o manuseio e tornam a inspeção sanitária mais eficaz.
Para o transporte interestadual, é obrigatória a emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), documento expedido por profissionais habilitados do Idaf, mediante solicitação prévia. A PTV atesta a origem e as condições fitossanitárias da carga, autoriza o trânsito conforme as normas de defesa sanitária vegetal e contribui para a rastreabilidade e a exportação do produto.
Com informações da assessoria/Idaf