Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados • Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) fazer críticas públicas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) por tentar negociar uma saída para as tarifas de 50% impostas por Donald Trump, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), entrou em campo para tentar evitar um racha na direita.
“O Bolsonaro não está chateado com o Tarcísio. Ele é muito transparente. É normal em momentos de crise as pessoas pensarem diferente. Estaremos juntos e eles sempre alinhados”, disse o parlamentar à CNN.
O próprio governador também tentou reduzir o tom da crise. Em conversa com a analista de política da CNN Tainá Falcão, Tarcísio afirmou que: “Sem problema [sobre a posição Eduardo]. Neste momento, estou olhando para São Paulo, para o seu setor industrial, para sua indústria aeronáutica, de máquinas e equipamentos, para o nosso agronegócio, para nossos empreendedores e trabalhadores”.
No entanto, a tentativa de acalmar os ânimos não impediu uma nova reação do deputado licenciado.
Em publicação nas redes sociais, agora cedo, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a subir o tom contra o governador:
“Prezado governador @tarcisiogdf, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades. Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda.”
Questionado sobre a pressão de Eduardo Bolsonaro para que o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro seja aprovado na Câmara, o líder do PL admitiu que neste momento isso não deve acontecer.
“Hugo Motta ia pautar provavelmente uma anistia meia boca e não ampla, geral e irrestrita como defendemos. Quando a tarifa pesar no bolso das pessoas, teremos um instrumento de pressão”, afirmou Sóstenes.