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Bocalom se reúne com setor imobiliário e pede ajuda para combater queimadas em lotes vazios

Por
Whidy Melo

A Prefeitura de Rio Branco convocou uma reunião com representares do setor imobiliário e de corretagem de imóveis, nesta terça-feira (15), para discutir o aumento de queimadas em lotes desocupados na capital, quem tem piorado a qualidade do ar. Nesta manhã, capital tem o ar com 39 µg/m³ (microgramas de partículas finas inaláveis por metro cúbico), índice 7,8 vezes acima da diretriz estabelecida pela Organização Mundial de Saúde.


O prefeito Tião Bocalom destacou a gravidade da situação, e solicitou que as imobiliárias façam a limpeza em seus terrenos para prevenir queimadas. “Que cada uma cuide da sua área, que roce, que gradeie, para que evite ficar ali o material inflamável. Então, evidentemente tem muitas ações que eles podem fazer e que pode reduzir o problema das queimadas aqui na cidade”, apelou.


A secretária de Meio Ambiente, Flaviane Agustine Stedile, explicou que o foco da reunião foi sensibilizar imobiliárias, que têm conhecimento sobre lotes baldios propensos a queimadas. “Recebemos mais de 100 denúncias, e nossas equipes estão em campo para identificar responsáveis. A multa mínima é de R$ 600, mas aumenta proporcionalmente à área queimada”, detalhou. Sobre a possibilidade de queimadas criminosas, Stedile esclareceu que não há evidências concretas, mas os proprietários podem apresentar defesas, incluindo boletins de ocorrência, para contestar notificações.


Márcio Santos, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Acre (CRECI-AC), destacou como as queimadas afetam o setor. “A fumaça prejudica as negociações, especialmente com idosos e pessoas com comorbidades. Ontem, por exemplo, não consegui mostrar um imóvel na região da Floresta por causa do fumaceiro. Muitos clientes desistem de morar em áreas afetadas”, relatou. Ele acredita que a maioria dos incêndios em lotes baldios é intencional, agravando o problema em áreas urbanas próximas a residências de médio e alto padrão.


Já o empresário imobiliário José Eduardo de Moura Leite demonstrou otimismo, acreditando que a conscientização da população está crescendo. “Com a estiagem comum desta época, precisamos nos precaver, mas acredito que a intensidade das queimadas será menor este ano”, afirmou.


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Whidy Melo