Foto: David Medeiros
Em meio à manifestação de familiares de detentos realizada nesta segunda-feira (14) em Rio Branco, o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), Marcos Frank, se pronunciou, em entrevista ao ac24horas, sobre os questionamentos apresentados pelos manifestantes.
Segundo ele, o órgão não recebeu uma pauta formal do protesto, mas reconheceu que houve reuniões anteriores com familiares, nas quais foram apresentadas demandas relacionadas à visitação. “Naquela oportunidade, consideramos o pleito válido e fizemos algumas alterações com respeito ao direito de visitação, permitindo que pessoas antes impedidas pudessem exercer esse direito”, afirmou.
Frank também comentou sobre a exigência de comprovação de vínculo formal para visitas conjugais. “Com a edição da nova portaria, é necessário comprovar o vínculo marital, o que pode ser feito de diversas formas. Nossa intenção com isso é combater justamente a prostituição que era exercida dentro das unidades penitenciárias. Tentamos evitar a suposta visita de ‘amigas’ que, por vezes, poderia ser um caso de prostituição”, declarou.
O presidente explicou que o agendamento via e-mail foi adotado por questões administrativas e que, em relação à alimentação, houve melhorias após fiscalizações. Sobre as restrições à entrada de cadernos, afirmou que o presídio segue um regime diferenciado, onde missivas e outros materiais estão vetados por questões de segurança.
Segundo o presidente, reuniões com representantes das famílias já foram propostas, mas não avançaram. “Queriam ser recebidas em número maior, com uma representante de facção por presídio, e isso não aceitamos de forma alguma. Seria uma forma de institucionalizar o crime organizado”, afirmou.
A manifestação segue e gera grandes transtornos no tráfego da região. As Avenidas Nações Unidas e Ceará permanecem interditadas durante a ação.