A Justiça do Acre manteve, durante audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (11), a prisão preventiva de Maique Santos da Silva, de 26 anos, suspeito de integrar uma organização criminosa e manter um motorista de aplicativo em cativeiro. A audiência foi conduzida pelo juiz da Vara das Garantias de Rio Branco, no Fórum Criminal, na Cidade da Justiça.
O acusado foi preso em flagrante na quinta-feira (10), em uma residência da Cidade do Povo, onde a vítima era mantida sob ameaças por integrantes de um grupo armado. Maique já estava na condição de foragido, com mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Manoel Urbano, por envolvimento com o crime organizado. Após a audiência, ele foi encaminhado ao Complexo Penitenciário de Rio Branco.
De acordo com a polícia, o motorista de aplicativo foi acionado por telefone para realizar uma na Cidade do Povo, com destino ao bairro Cidade Nova. No endereço, ele foi recepcionado por duas mulheres que pediram ajuda para retirar malas do interior da residência. Ao entrar no imóvel, foi surpreendido por vários homens armados e mantido refém.
A prisão só foi possível graças à atuação de um morador da região, que suspeitou da movimentação e acionou uma guarnição policial que fazia patrulhamento nas proximidades. A polícia cercou o imóvel, mas a maioria dos envolvidos conseguiu fugir pulando muros e entrando em uma área de mata. Maique, que não conhecia a região, acabou preso no local.
Com ele, foi apreendida uma pistola automática com munição completa. O suspeito foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde foi autuado por porte ilegal de arma de fogo, roubo com restrição de liberdade da vítima e participação em organização criminosa.
Durante o interrogatório, Maique afirmou que o grupo não pretendia matar o motorista, mas apenas utilizar o veículo em ações criminosas, incluindo possíveis ataques a facções rivais.