Embora não me satisfaça, até chego a aceitar os rótulos“direita e esquerda” para ideologicamente nos identificarmos
No congresso dos EUA, não mais que dois partidos políticos, o democrata e o republicano, embasam a sua democracia. Na Inglaterra, não mais que três: o trabalhista, o conservador e o liberal.
Nas sociedades verdadeiramente democráticas a liberdade de expressão prevalece, mas não como um direito absoluto, posto que, quando dois direitos se confrontam, para que a justiça seja feita, os mesmos precisam ser sopesados e que prevaleça àquele que tiver mais legitimidade.
Se a liberdade de expressão fosse um direito absoluto, o que haveria de ser feito em favor de quem teve à sua honra e a sua imagem, maldosamente agredida? Assim sendo, nenhum direito é absoluto, a não ser, a absoluta certeza que os mesmos, em determinados casos, devam ser relativizados.
Dado o avançar dos nossos meios de comunicação, cada vez mais, os libertinos sentiram-se à vontade e mais dispostos para agredir a imagem das pessoas, particularmente, àqueles que trabalham à soldo, ou seja, convenientemente remunerados. Em tempos de internet, as proliferações dos infamantes, dos injuriosos e dos caluniadores precisam ser contidas.
Quando testemunho determinadas pessoas, enfaticamente, diria até, fanaticamente, defendendo a liberdade de expressão como um direito absoluto, e ainda por cima, acusando que qualquer regulamentação assemelha a censura, pergunto: o que diria essas mesmas pessoas se um dia viesse ser surpreendido com as imagens de seus entes queridos: mãe, esposa e filhas menores, perversamente expostas num desses blogs, compondo os mais repugnantes cenários pornográficos?
Recentemente, em várias redes sociais, tomei conhecimento de uma cena de sexo, pornográfica e perversamente manipulada, na qual, o recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump, aparece mantendo uma relação sexual com a então candidata, Kamala Harris, esta derrotada na recente disputa pela presidência dos EUA.
Nos tempos em que as notícias corriam de boca em boca, a liberdade de expressão já produzia seus malefícios, mas com o avançar dos nossos meios de comunicação, do rádio, da televisão, e em especial, da internet, as mesmas, de imediato, conseguem chegar aos quatro cantos do mundo.
Cá entre nós, a liberdade de expressão tem estimulado e alimentado a nossa polarização política e já resultou na preocupante situação em que nos encontramos. E o pior: por se tratar de uma polarização política e de natureza pessoal, quem não for lulista e nem bolsonarista não terá voz e nem vez.
Quando o ex-presidente Lula se encontrava preso e inelegível, os seus adversários o puseram na conta de um ladrão e hoje o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo tratado, pelos lulistas, como um genocida e golpista.