Júlia Garcia Domingues, filha do funkeiro Mr. Catra (Wagner Domingues da Costa), foi presa no Rio de Janeiro durante a Operação Falsa Portabilidade, deflagrada na última quarta-feira, 9, com atuação direta da Polícia Civil do Acre. Ela é suspeita de integrar uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros, emprestando suas contas bancárias para movimentar valores obtidos de forma fraudulenta.
A operação de caráter nacional teve como objetivo desarticular o grupo criminoso envolvido em estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e particulares, além de lavagem de dinheiro. A ação contou com o apoio das polícias civis do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina, e foi coordenada com suporte logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP).
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) do Acre. O trabalho revelou que a organização criminosa tinha base no Acre, com ramificações no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Maranhão.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de sequestro de bens. Ao todo, sete pessoas foram presas, uma em Santa Catarina e seis no Rio de Janeiro, entre elas, a filha do funkeiro; e cerca de R$ 1 milhão foram bloqueados em contas bancárias dos investigados.
Segundo o delegado Gustavo Neves, da Draco/AC, o golpe aplicado pela quadrilha consistia em identificar pessoas com empréstimos ativos e oferecer falsas propostas de renegociação. Em vez de quitar as dívidas existentes, os criminosos contratavam novos empréstimos em nome das vítimas e se apropriavam do dinheiro.
A estimativa é de que os golpes tenham causado um prejuízo superior a R$ 5 milhões. O material apreendido durante a operação será periciado e servirá de base para o aprofundamento das investigações, que seguem em andamento.