Quatro homens foram presos nesta terça-feira (8) durante a Operação Sombras de Medellín, deflagrada pela Polícia Civil do Pará para combater o crime organizado na região do Baixo Tocantins. Os suspeitos são investigados por envolvimento com tráfico internacional de drogas, homicídio qualificado, contrabando e lavagem de dinheiro.
A ação ocorreu nos municípios de Abaetetuba, Limoeiro do Ajuru, Cametá e Moju. Durante o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, os agentes localizaram cerca de R$ 295 mil em moedas brasileira e estrangeira, incluindo pesos colombianos. O dinheiro estava escondido em um compartimento secreto na parede de uma residência, disfarçado com uma tomada elétrica. Celulares e mídias digitais também foram apreendidos.
A operação é um desdobramento das investigações sobre a execução de Galileu Pinheiro Macedo, ocorrida em fevereiro, e o desaparecimento de Robson Figueiredo da Luz, em abril. De acordo com a polícia, ambos tinham ligação com uma organização criminosa da região e teriam sido mortos em retaliação após apreensões milionárias de drogas.
Apreensões milionárias e “queima de arquivo”
Os crimes, segundo as autoridades, estão relacionados a duas grandes apreensões: uma de 300 quilos de cocaína, em fevereiro, e outra de três toneladas de entorpecentes, em abril, na região de Abaetetuba. A suspeita é de que as vítimas tenham colaborado com as forças de segurança na localização de embarcações utilizadas pelo grupo criminoso, o que teria motivado as execuções como forma de “queima de arquivo”.
“Esses crimes foram planejados de forma cruel e calculada, como forma de silenciar quem representava risco à estrutura da organização criminosa”, afirmou o delegado Mhoab Khayan, superintendente regional da Polícia Civil.
Dois suspeitos seguem foragidos. Ao todo, a operação mobilizou 41 policiais civis, 11 viaturas e uma lancha, com apoio de diversas delegacias e unidades especializadas. Os presos foram conduzidos à Delegacia de Homicídios de Abaetetuba e, em seguida, encaminhados ao sistema penitenciário.
As investigações continuam para localizar os foragidos e identificar outros envolvidos nas ações criminosas.