O projeto visa impulsionar o desenvolvimento econômico e a integração logística da região.
A diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e ex-parlamentar, Perpétua Almeida, celebrou a assinatura do acordo entre Brasil e China para a construção de uma ferrovia que ligará o Acre ao Peru, anunciado pelo governo federal nesta segunda-feira, 7. A iniciativa tem como objetivo fomentar o desenvolvimento econômico e a integração logística regional.
Nas redes sociais, Perpétua destacou: “O Acre, mais uma vez, é beneficiado pelo presidente Lula! A ferrovia Brasil-Peru entra nos estudos do governo chinês para ser construída. E quando a China se junta a um projeto, as coisas acontecem!”.
O acordo integra um plano estratégico para ampliar a infraestrutura na Amazônia e consolidar o Brasil como um parceiro-chave em projetos de integração sul-americana. A expectativa é que a ferrovia facilite o transporte de mercadorias e promova o desenvolvimento sustentável na fronteira.
Sobre o projeto
A Ferrovia Bioceânica faz parte do programa Rotas de Integração Sul-Americana, lançado em 2023 pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. O projeto prevê a integração das Ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol), Centro-Oeste (Fico) e Norte-Sul (FNS) com o porto de Chancay, no Peru — recém-inaugurado e construído por investidores chineses.
No Brasil, parte do corredor já está em obras. A Fiol liga Ilhéus (BA) a Mara Rosa (GO), onde se conecta à Fico, que segue até Lucas do Rio Verde (MT). Em Mara Rosa, está previsto o entroncamento com a Ferrovia Norte-Sul, que se estende de Açailândia (MA) a Estrela d’Oeste (SP).
A partir de Lucas do Rio Verde, ponto final da Fico, será construída a Ferrovia Bioceânica. Essa nova ligação ferroviária cruzará a fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, passará por Rondônia e o sul do Acre até chegar ao Peru, conectando-se ao porto de Chancay, localizado a cerca de 70 km da capital Lima.