O projeto “Memórias do Audiovisual Acreano”, coordenado pela historiadora, escritora e produtora audiovisual Kelen Gleysse Maia Andrade, tem contribuído de forma significativa para a preservação da memória cultural do Estado. Aprovada no Edital de Audiovisual nº 006/2023, promovido pela Fundação Elias Mansour, a iniciativa se dedica à organização, digitalização e disponibilização pública de documentos que narram a trajetória do cinema acreano.
Foram reunidos jornais das décadas de 1970 a 1990, fotografias, publicações impressas, registros audiovisuais armazenados em CDs e DVDs, além de arquivos institucionais pertencentes ao Estúdio Cinematográfico Amador de Jovens Acreanos (Ecaja), à Associação Acreana de Cinema (Asacine) e a produtoras locais. O projeto também incluiu entrevistas e registros da atuação de importantes realizadores acreanos.
De acordo com a coordenadora do projeto, Kelen Gleysse, só foi possível materializar o relatório devido ao esforço de uma equipe comprometida. “Quero agradecer ao apoio da Associação Acreana de Cinema (Asacine), por meio do seu presidente, o historiador e chargista Enilson Amorim, do Presidente da Academia Acreana de Letras, o cineasta Adalberto Queiroz, da escritora Maze Oliver e do cineasta Sérgio de Carvalho, que foram pessoas essenciais para o acesso às informações e aos acervos que compõem o relatório final do projeto”.
Após o processo de tratamento e catalogação, todo o acervo foi entregue à Asacine e está disponível gratuitamente para consulta pública. “A proposta contempla estudantes da rede pública e do ensino superior, pesquisadores, artistas e demais interessados, promovendo o acesso à informação e incentivando novas pesquisas, reflexões e criações artísticas”, enfatiza Kelen Gleysse.
A historiadora diz que, mais do que resgatar documentos, o projeto reafirma o papel do audiovisual como instrumento de resistência, expressão cultural e construção de identidades. “Ao disponibilizar o acervo Memórias do Audiovisual Acreano, estamos contribuímos para o fortalecimento da cultura local e para a valorização dos caminhos trilhados pelo cinema no Acre”, conclui.