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Especialista explica lesões do “ombro congelado” e outras patologias articulares

Foto: Ramalho Araújo/ac24horas
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O médico e apresentador Dr. Fabrício Lemos entrevistou no programa Médico 24 Horas, exibido nas redes sociais e no site do ac24horas, nesta segunda-feira (7), o ortopedista Dr. Rodrigo Vick, único especialista em ombro do Acre reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo. Dr. Rodrigo, que também é professor universitário, trouxe detalhes sobre fraturas, luxações e condições como o ombro congelado, além de avanços na ortopedia no estado.


A entrevista abordou as principais patologias do ombro e cotovelo, com ênfase nas fraturas articulares do cotovelo, que frequentemente exigem cirurgia devido à necessidade de restaurar a mobilidade. “O cotovelo é a articulação que mais dá mobilidade ao membro superior. Uma fratura articular, se não tratada corretamente, pode levar a um envelhecimento precoce da articulação”, explicou Dr. Rodrigo.


Foto: Ramalho Araújo/ac24horas

No ombro, 90% das condições atendidas são relacionadas a traumas, como fraturas e luxações, ou problemas não traumáticos, como lesões do manguito rotador e o ombro congelado. Luxações, quando a articulação perde o encaixe, são graves e podem danificar ligamentos e cápsulas, exigindo, em alguns casos, intervenção cirúrgica. Já o ombro congelado, também conhecido como capsulite adesiva, é uma condição complexa e dolorosa, é marcado por inflamação e retração da cápsula articular, muitas vezes sem causa clara, mas mais comum em diabéticos, portadores de problemas de tireoide ou após uso de anticonvulsivantes. “É uma das coisas que mais dói. O paciente chega chorando”, relatou o especialista, explicando que, apesar de ser autolimitada, a recuperação pode levar até dois anos sem tratamento adequado.

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Com o aumento da prática de beach tennis no Acre, Dr. Rodrigo destacou o crescimento de lesões no ombro, especialmente inflamações do manguito rotador, grupo de tendões responsável por girar e levantar o braço. Movimentos repetitivos, como os realizados no esporte ou em atividades como escrever na lousa ou estender roupas, podem inflamar e até romper esses tendões. Para prevenção, ele recomenda fortalecimento muscular com acompanhamento de fisioterapeutas ou educadores físicos, além de evitar movimentos repetitivos com o braço elevado. “A pessoa que faz beach tennis está melhor que a que não faz nada, mas precisa balancear a musculatura”, aconselhou. Ele também alertou para os impactos do uso constante de celular e computador, que afetam mais a cervical e o cotovelo, mas podem tensionar a musculatura do ombro, como o trapézio.


Dr. Rodrigo refletiu sobre os avanços na ortopedia no Acre desde sua chegada. Quando começou, não havia artroscópios disponíveis, forçando cirurgias abertas, com cortes maiores e recuperação mais lenta. Após anos de esforço, ele conseguiu introduzir a artroscopia de ombro no estado, técnica minimamente invasiva que usa câmeras e pequenos cortes.


Hoje, os principais hospitais de Rio Branco possuem esse equipamento, permitindo cirurgias mais rápidas, com menos risco de infecção e recuperação otimizada. “Cheguei montando o serviço de ombro. Hoje, posso marcar uma cirurgia em qualquer hospital e encontrar um artroscópio”, comemorou.


Sobre luxações recorrentes, Dr. Rodrigo explicou que alguns pacientes têm ligamentos rompidos por traumas, como quedas de moto, enquanto outros possuem ligamentos naturalmente elásticos, o que facilita o deslocamento. Para esses casos, a reabilitação muscular é a primeira abordagem, mas cirurgias são necessárias quando o ombro sai do lugar com frequência, prejudicando atividades diárias. “Se sai todo mês, tem que operar, porque só piora”, afirmou.


Assista a entrevista:


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