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TV Unicamp publica novas imagens de fóssil da maior tartaruga de água doce do mundo encontrada no Acre

Foto: TV Unicamp/reprodução
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Uma matéria publicada pela TV da Universidade Estadual de Campinas (Umicamp), nesta semana, exibiu imagens exclusivas da descoberta do fóssil de uma tartaruga-gigante que pode ter vivido há nove milhões de anos na Amazônia. A escavação foi feita na cidade de Assis Brasil, em uma região conhecida como Boca dos Patos, no interior do Acre, e contou com pesquisadores da Unicamp, Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Acre (UFAC).


Foto: representação da espécie Stupendemys geographicus I TV Unicamp/reprodução

De acordo com a reportagem, o fóssil do casco foi encontrado pela metade e pertenceu provavelmente à espécie Stupendemys geographicus, que nadava no que hoje é o rio Acre e foi a maior tartaruga de água doce do mundo. Se completo, o resto mortal seria comparável ao tamanho de um carro popular. O período de vida do animal coincide com o Mioceno, uma época geológica que se estendeu de aproximadamente 23,03 a 5,333 milhões de anos atrás e marcada pela diversificação de espécies de animais e plantas, incluindo a evolução de primatas e o surgimento de grandes mamíferos.


Foto: Alessandro Batezelli, professor do instituto de geociências Unicamp I TV Unicamp/reprodução

Alessandro Batezelli, professor do instituto de geociências Unicamp, comentou sobre a raridade da descoberta e fez maiores estimativas sobre o animal. “É muito mais difícil a gente encontrar um fóssil deste tamanho do que ganhar na mega-sena. É um fóssil super bem preservado, chuto que vivo teria de 700 quilos a uma tonelada”, disse.

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A respeito dos cientistas ter encontrado apenas metade do casco da tartaruga, não há certezas sobre o que pode ter ocasionado sua quebra. “Pode ter acontecido várias coisas. Quando o bicho morreu pode ter ficado exposto, algum outro animal veio e o comeu. Ou, depois que ele morreu, foi sendo transportado pelo rio por bastante tempo e ele vai perdendo os pedaços, entrando em decomposição, quebrando”, falou o pesquisador.


Foto: TV Unicamp/reprodução

O material encontrado seguiu para a UFAC, onde passará pelo processo de limpeza e montagem, para depois passar por estudos que poderão, inclusive, concluir que o animal pertencia a uma espécie diferente da principal hipótese. “Será um trabalho longo, não é uma coisa que vamos fazer da noite para o dia”, disse Batezelli.


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