Uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio), em parceria com o Instituto Data Control, mostra um panorama detalhado do mercado de trabalho da população economicamente ativa de Rio Branco. O estudo, divulgado em 16 de junho de 2025, ouviu 203 pessoas e apontou dados importantes sobre emprego, renda, escolaridade e deslocamento. A pesquisa foi divulgada na sexta (04).
Segundo o levantamento, 60,7% dos entrevistados têm entre 16 e 44 anos, com maior concentração nas faixas de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos, ambas com 22,7%. Já 39,9% têm mais de 44 anos. A escolaridade mostra que 67,6% concluíram algum nível de ensino, sendo 46,8% com ensino médio completo, enquanto 32,5% ainda estão em processo de formação.
Quanto à renda, 52,2% ganham até R$ 1.412,00 por mês, e 40,4% têm renda entre R$ 1.413,00 e R$ 2.824,00. O emprego formal atinge 62,1% da população economicamente ativa, com 57,1% dos trabalhadores sob contrato possuindo carteira assinada. Entretanto, 25,1% estão desempregados e 4,4% realizam trabalhos informais (“faz bico”).
Sobre os desempregados, 53,1% não procuram emprego, e 28,6% buscam vaga há mais de um ano. A pesquisa revela ainda que 15,8% dos empregados mudaram de trabalho nos últimos 12 meses, enquanto 63,5% mantêm o mesmo emprego.
O estudo também destaca a realidade das residências: 43,1% das casas têm moradores que recebem algum auxílio do Governo Federal, principalmente o Bolsa Família (77,8%). Quanto à mobilidade, 38,4% dos trabalhadores enfrentam longas distâncias até o trabalho, e 41,4% utilizam transporte coletivo para se deslocar.
Apesar do emprego, 38,4% dos trabalhadores consideram seus ganhos insuficientes para cobrir as necessidades básicas, enquanto 34,5% avaliam a renda como adequada. Em média, as residências são ocupadas por duas a três pessoas, e em 50,7% das casas as despesas são sustentadas por apenas um morador.