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Gramática

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Me perguntaram a respeito de acento gráfico em cima de vogais. Logo para mim perguntaram tal coisa. Ora, apesar de eu esrever coisas, utilizando o idioma português, a Língua Portuguesa, que muda conforme sua própria conveniência, a partir do humor de seus doutores e “detentores” de seu existir é uma língua viva e buliçosa, cheia de sins, nãos e senões – ou seriam senãos, senunhes, seilás? -, poderosa em dizer e desdizer frases, evoluindo eternamente numa mesma oração? Quem pode com essa criatura criativa?


Aprendi a ler e, para escrever, ler mais. Ler para poder escrever, para aprender a falar menos errado, conforme o que se estabelece como “certo e errado”, dentro desta linguagem tão complexa e cheia de armadilhas para quem a utiliza. Cheia de artimanhas e truques científicos. Colocar um tracinho em cima de uma vogal não é simples. A perninha embaixo do “G” minúsculo é contrária ao “rabinho” do “Q” minúsculo ou maiúsculo. Tem ciência nessa porcaria. Tem desenho, tem história nesta sintaxe.


“À ótica da musa ou, ao seu olhar, o pintor não a pintou ao seu contento ou, à sua vontade. O artista, à espera do pagamento, com tanto tempo de trabalho feito somente a traço, tinta e pensamento, no sótão do pequeno pavimento, lambusado de cores pelo chão, nem via as crases impregnadas na tela feita a espátulas e pincéis. Ao quadro, cheio de cores e de dias, a meses trabalhado, em traços e pinceladas espetaculares, luzes e esperança de ao menos um mínimo olhar de admiração não se deu a menor valia de dois merréis.”


– Entendi… Mas, o tracinho virado pra equerda ou para a direita é em cima de qual vogal: da “A”, da “E” ou da “Y”?


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