A edição desta sexta-feira, 4, do programa Bar do Vaz recebeu o CEO da Albuquerque Engenharia, João Albuquerque, e o empresário João E. Albuquerque para falar sobre a entrega do Via Towers Corporate Buildings, novo empreendimento comercial localizado na Via Verde, em Rio Branco.
Com cerca de 40 mil metros quadrados de área construída, o Via Towers é considerado um marco da engenharia acreana, trazendo uma proposta inovadora para os espaços comerciais na capital. O complexo é formado por duas torres modernas, com 292 salas destinadas a escritórios e lojas, oito elevadores ao todo (quatro por torre) e 329 vagas de garagem.
Durante a entrevista, João Albuquerque compartilhou os bastidores da concepção do projeto e destacou o objetivo de oferecer uma estrutura mais qualificada para empresários, médicos e profissionais liberais da cidade. Ele relembrou que a ideia surgiu após conversas no escritório da empresa, ao perceber a carência de prédios empresariais de grande porte em Rio Branco. “Essa sensação de construir algo grandioso é real. Quando a gente entrega, pede licença para entrar. A partir dali, já não é mais nosso. O prédio nasceu da vontade de oferecer melhores condições de trabalho à população e aos empreendedores da cidade”, disse o CEO.

Foto: Jardy Lopes
O último empreendimento comercial de grande porte realizado pela empresa havia sido o Centro Empresarial Rio Branco, há 26 anos. Segundo Albuquerque, o Via Towers vai além em termos de conceito e estrutura. O projeto arquitetônico leva a assinatura de Roney Neves, com inspiração trazida de uma visita técnica a Manaus, organizada com o apoio do médico Arnaldo Tomaz. Lá, a equipe conheceu um dos maiores edifícios comerciais da capital amazonense, que serviu como referência inicial para o que viria a ser o novo complexo empresarial de Rio Branco. “Fomos conhecer o prédio em Manaus, e saímos de lá com a certeza de que o Acre merecia algo ainda melhor. Queríamos fazer algo superior para a nossa cidade, e conseguimos”, afirmou.
Albuquerque, também falou sobre os desafios enfrentados para erguer um empreendimento de grande porte como o Via Towers em Rio Branco. Ele ressaltou as limitações do mercado local na oferta de insumos e a necessidade de importar a maior parte dos materiais de construção de outros estados. “Para fazer uma obra desse porte, praticamente todo o material precisa vir de fora, especialmente de São Paulo. Aqui não há fábrica de cimento, ferro, vidro ou outros materiais industrializados. Temos os insumos básicos, como pedra e areia, mas mesmo esses já apresentam variações significativas em termos de qualidade e preço”, explicou.
João destacou que a viabilidade econômica da obra só foi possível graças à capacidade da empresa de negociar diretamente com fábricas, o que ajudou a reduzir os custos de aquisição e transporte. “Se a gente não consegue comprar direto da fábrica, o custo da obra dispara. Felizmente, conseguimos ter esse acesso, o que fez muita diferença”, garantiu.
O CEO da Albuquerque Engenharia, João Albuquerque, também comentou os impactos da pandemia de Covid-19 no setor da construção civil e, em especial, na execução do empreendimento Via Towers Corporate Buildings, em Rio Branco.

Foto: Jardy Lopes
Segundo ele, a paralisação de atividades em todo o país e o aumento expressivo nos preços dos insumos representaram um dos maiores desafios enfrentados ao longo da obra. “A pandemia impactou todos os setores, impactou a vida de todos nós. Mas, na construção civil, o efeito foi ainda mais crítico. Parou tudo por dois anos. Além disso, os preços dos materiais subiram absurdamente e, mesmo assim, ainda enfrentamos escassez. Tinha que esperar meses para conseguir ferro e alumínio. Ficávamos na fila para comprar”, relatou.
Com mais de três décadas de atuação no mercado, Albuquerque afirmou que a empresa não se desesperou diante do cenário, mas precisou se adaptar rapidamente. Ele destacou que, até hoje, alguns efeitos da pandemia ainda interferem na dinâmica de fornecimento. “Hoje, muitos fornecedores adotaram um sistema diferente: primeiro você negocia, começa a pagar, e só depois eles fabricam. Foi um novo aprendizado. A pandemia nos forçou a buscar novas formas de fazer e gerenciar a obra”, explicou.
Durante a entrevista João Albuquerque, destacou os desafios enfrentados pela empresa durante o período da pandemia, especialmente em relação ao modelo de financiamento adotado para a construção do Via Towers Corporate Buildings, empreendimento recém-entregue em Rio Branco.
De acordo com Albuquerque, a obra foi viabilizada por meio de um sistema de incorporação, no qual parte dos recursos é composta por capital da empresa e outra parte pelas parcelas pagas pelos clientes. Com a pandemia, esse equilíbrio foi severamente comprometido. “Quando a pandemia chegou, nossos clientes foram incríveis, mas a verdade é que muitos deixaram de pagar, e isso impacta diretamente o andamento da obra. A construção depende da soma: o capital da empresa mais os pagamentos dos compradores. Quando há desequilíbrio, tudo para”, explicou.
Ele relatou ainda que a crise econômica desencadeada pela pandemia agravou o cenário com alta no desemprego e aumentos expressivos nos preços dos materiais de construção, que chegaram a registrar mais de 90% de reajuste em alguns itens. “E o pior é que não dá para repassar isso para o cliente. Ele comprou por um valor e não aceita outro. A empresa precisou absorver os custos. Vendemos bens, abrimos mão de patrimônio, tudo para garantir a entrega. Muita gente pensa que o empresário tem um cofre cheio de dinheiro, mas não é assim. Quando há compromisso com o cliente, a gente faz sacrifícios”, afirmou.
O empresário reforçou o compromisso da Albuquerque Engenharia, que possui 36 anos de atuação no mercado acreano, com a entrega de obras. “Nunca deixamos de entregar um único apartamento, uma única casa. A família toda se uniu nesse momento difícil. Cada um contribuiu como pôde para honrar nossa história e nossos contratos. E conseguimos”, assegurou.

Foto: Jardy Lopes
O empresário e sócio administrativo João E. Albuquerque, um dos entrevistados da edição do Bar do Vaz, falou sobre sua trajetória dentro da Albuquerque Engenharia e os desafios enfrentados durante o gerenciamento de grandes empreendimentos, como o Via Park, considerado até hoje o maior condomínio residencial do Acre.
Segundo João, sua entrada efetiva na linha de frente da empresa ocorreu em 2010, com o lançamento do Via Park, localizado próximo ao shopping de Rio Branco. O projeto, com 704 apartamentos, foi um marco na construção civil do estado e envolveu uma operação de grande porte. “Na época, fui jogado direto para dentro da obra, com a responsabilidade de gerenciar aquele mundo de gente. Foi um grande teste, com mais de 350 trabalhadores registrados e, no pico, chegamos a ter 500 pessoas ativamente na construção”, contou.
Ele destacou a complexidade do projeto, que exigia soluções logísticas e de gestão de pessoal, especialmente no controle da mão de obra distribuída em vários blocos do condomínio. “Era uma obra muito dinâmica. Criamos um sistema de ponto individual por bloco, para controlar a entrada e saída dos trabalhadores. Tínhamos de lidar com situações diversas: funcionários dormindo dentro dos apartamentos, levando o que não deviam, e até conflitos entre as equipes. Mas, no geral, conseguimos manter a disciplina e a produtividade graças à experiência da nossa equipe.”
João E. Albuquerque também ressaltou o papel estratégico da equipe administrativa da empresa, que ofereceu o suporte necessário para garantir a entrega do empreendimento dentro do prazo, com o apoio da Caixa Econômica Federal. “Conseguimos entregar o Via Park com qualidade e dentro do cronograma. Foi um marco e um grande aprendizado”, disse.
Eduardo Albuquerque, integrante da equipe responsável pela execução do Via Towers Corporate Buildings, ressaltou os números grandiosos da obra, considerada uma das mais imponentes já realizadas no estado.
Segundo Eduardo, os dados do projeto impressionam até mesmo os profissionais mais experientes do setor. “São números gigantescos. Acredito que nenhuma obra no Acre tenha trabalhado com esse volume até então. Utilizamos cerca de 8 mil metros cúbicos de concreto, o que dá uma dimensão do porte desse empreendimento”, afirmou.

Foto: Jardy Lopes
Ele mencionou que, em determinados momentos da construção, foi necessário realizar trabalhos em turnos noturnos para garantir o cumprimento dos prazos. “Houve períodos de concretagem das lajes à noite, e agora, nessa reta final, a equipe está virando a noite para concluir tudo. Utilizamos inclusive um sistema moderno para acelerar a secagem do concreto, o que permite avançar com mais agilidade para as etapas seguintes”, explicou.
Além do esforço da equipe própria, Eduardo destacou a importância das parcerias com outras empresas locais. “Tivemos a participação de várias empresas acreanas ao longo do projeto. Contamos com fornecedores de materiais, empresas especializadas em instalações elétricas, pintura e diversos outros serviços. Foi um trabalho colaborativo que mobilizou o setor da construção civil no estado”.
João Eduardo Albuquerque detalhou algumas das soluções tecnológicas adotadas no projeto do Via Towers Corporate Buildings, como o sistema de proteção contra incêndios e a estrutura de abastecimento de água do empreendimento.
Segundo ele, o prédio incorpora uma tecnologia inédita no Acre, o sistema Firestop, voltado para a contenção de incêndios em prédios verticais. “É uma lã de rocha instalada entre os pavimentos para evitar que, em caso de incêndio, o fogo ultrapasse uma laje e atinja outro andar. Funciona como um retardante de fogo. É a primeira vez que esse sistema é utilizado aqui no estado, o que mostra o nosso compromisso com inovação e segurança”, comentou.
Durante entrevista ao Bar do Vaz, o empresário João Eduardo Albuquerque ressaltou a proposta de integração social e funcional do saguão central do Via Towers Corporate Buildings. Segundo ele, o espaço foi planejado para ser mais do que apenas um hall de entrada — trata-se de um ponto de encontro para os usuários do empreendimento. “A ideia é que o saguão seja um local de convivência para os trabalhadores e proprietários das salas. Haverá restaurantes, cafés, clínicas médicas, revendedores de equipamentos e, principalmente, um ambiente propício para encontros informais, refeições e conversas”, explicou.
Eduardo também mencionou que o condomínio conta com uma ampla área comum, que poderá ser adaptada de forma criativa pelos condôminos. “O espaço é grande o suficiente para que o próprio condomínio possa desenvolver novas soluções, como áreas de descanso ou outras utilidades voltadas ao conforto dos usuários. A gestão do espaço estará nas mãos de um grupo gestor que vai administrar o uso coletivo e garantir a qualidade do ambiente”, ressaltou.
Assista à entrevista:
