O Acre tem atualmente 14 pessoas incluídas no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 02, pelo governo federal.
Segundo o levantamento nacional, o Acre está entre as 10 unidades da federação com menor número de casos sob proteção, mas ainda assim integra o grupo de estados da Amazônia Legal, onde os riscos para lideranças indígenas, ribeirinhas e de povos tradicionais são mais recorrentes.
No total, o PPDDH acompanha atualmente 1.414 pessoas ameaçadas em todo o Brasil. Quase 80% desses casos envolvem lideranças ligadas à defesa da terra, do meio ambiente e de territórios tradicionais. Os principais ameaçadores, segundo o MDHC, variam conforme a região do país. No Norte, onde o Acre está inserido, predominam fazendeiros, garimpeiros, madeireiros e extrativistas ilegais.
Apesar de o Pará concentrar o maior número de casos (162), o Acre aparece ao lado de estados como o Rio Grande do Norte (13), Distrito Federal (12) e Goiás (12), com níveis mais baixos de atendimentos.
A inclusão no programa é feita após uma análise de risco conduzida por equipes multidisciplinares, que avaliam a situação de vulnerabilidade e definem medidas proporcionais, como rondas eventuais, fornecimento de equipamentos de segurança e, em casos extremos, escolta policial permanente, atualmente usada por apenas sete pessoas no Brasil.