O prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Tião Bocalom (PL), e o senador Alan Rick (União Brasil) voltaram a trocar críticas nesta semana sobre a condução do consórcio de resíduos sólidos que envolve os 22 municípios acreanos.
O senador Alan Rick destacou que o consórcio intermunicipal de resíduos sólidos, que envolve os 22 municípios do Acre e resulta de uma parceria entre seu mandato, o governo federal e as prefeituras locais, ainda não foi assinado pelo prefeito de Rio Branco. Segundo ele, a ausência da assinatura representa um entrave que impede o início dos estudos para a implantação dos aterros sanitários no estado.
“Enquanto o contrato continua parado, 21 municípios do Acre operam lixões a céu aberto. As populações urbana e rural pagam o preço pelo descaso. A Lei dos Resíduos Sólidos e o Marco Legal do Saneamento já deram os prazos. A prorrogação virou desculpa. A população merece acesso à água, esgoto tratado, drenagem urbana e gestão de resíduos com dignidade. Estamos propondo soluções reais. O consórcio existe. Os prefeitos estão dispostos. O governo federal está presente. Falta apenas que o prefeito da capital pare de se esquivar da responsabilidade. Saneamento não é favor, é obrigação”, ressaltou.
Em respostas às críticas, Bocalom afirmou que ao contrário do que foi dito em audiência no Senado, o projeto não está parado, foi ampliado. A nova proposta, construída com o apoio dos prefeitos acreanos, passará a contar com a coordenação do Governo do Estado e integrará os eixos de gestão de resíduos sólidos, abastecimento de água e esgotamento sanitário.
“Batemos o martelo. Quem vai liderar esse processo agora é o Governo do Estado, e com um projeto mais completo, mais seguro e mais eficiente. Estamos falando de água, esgoto e lixo, e não apenas de aterro sanitário. Assinar um contrato sem clareza sobre a execução e os impactos futuros, seria irresponsável. O que fizemos foi buscar uma solução melhor e conseguimos. Agora o Estado entra com estrutura e garante mais segurança técnica e legal para todos.Não estamos aqui para disputar protagonismo. Estamos aqui para resolver. É por isso que o Estado está assumindo a frente junto dos nossos queridos prefeitos. O que importa não é quem aparece, mas que o serviço chegue à população.”, explicou.
Segundo Bocalom, a reformulação foi consenso entre os prefeitos após constatarem que o modelo anterior não assegurava equilíbrio financeiro e técnico. A ampliação do projeto atende ao novo Marco Legal do Saneamento e prepara o Acre para soluções estruturais de longo prazo.
“Não podemos deixar as rixas contra o nosso querido governador Gladson atrasar nosso estado. Enquanto outros, infelizmente, politizam, a gente trabalha. E quando esse novo modelo sair do papel, o povo vai saber quem teve coragem de fazer o certo”, finalizou.