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Ministro propõe rota peruana como estratégia de exportação para o Acre

Por
Whidy Melo

No segundo dia do Seminário Internacional Txai Amazônia, em Rio Branco, nesta quinta-feira, 26, o ministro das Relações Exteriores, Carlos Parkinson, apresentou uma proposta estratégica para impulsionar a exportação de produtos da sociobiodiversidade amazônica. A iniciativa visa utilizar o Peru como uma rota principal para o mercado internacional, especialmente o asiático.


Parkinson enfatizou a necessidade de apoiar o Acre na exportação, aproveitando o novo corredor logístico que está sendo estruturado com o Peru, mencionando o Porto de Chancay.


“Eu vim ao Acre para conhecer melhor o estado e ajudar. Há uma necessidade clara de apoiar vocês na exportação, especialmente aproveitando o novo corredor logístico que estamos estruturando com o Peru”, afirmou o ministro.


O chanceler destacou a importância de fortalecer a presença do estado nas rotas de exportação, com foco na conexão com o mercado asiático. Essa proposta se alinha ao esforço do Itamaraty em descentralizar investimentos e oportunidades, que tradicionalmente se concentram no Centro-Oeste.


“O meu objetivo aqui é abrir as portas para que vocês comecem a exportar para fora, particularmente usando o Peru como uma plataforma para chegar ao mercado asiático”, explicou.


Novas rotas econômicas

A ideia central é posicionar o Acre como um elo estratégico entre a floresta amazônica e mercados internacionais, criando caminhos logísticos para produtores locais com potencial de exportação. Segundo o ministro, essa articulação internacional só será possível com o envolvimento direto dos empreendedores locais:


“É necessário que o Estado do Acre se aproxime do Ministério das Relações Exteriores, particularmente da minha pessoa, para que a gente possa desenvolver um trabalho e dar continuidade a esse esforço”, disse Parkinson.


A iniciativa também reforça o papel estratégico do Acre como polo de articulação entre a Amazônia e países vizinhos, como o Peru.


Além das falas institucionais, o segundo dia do seminário contou com painéis sobre ciência e saberes tradicionais, oficinas formativas e uma mostra de experiências sustentáveis de base comunitária. A programação segue até o fim da semana, promovendo conexões entre diferentes atores da bioeconomia amazônica.


Na sexta-feira, 27, Carlos participa do painel “Cooperação para o Desenvolvimento da Bioeconomia Pan-Amazônica: Rota de Integração Regional e Internacional”, às 9h.


A programação do Txai Amazônia vai até o sábado, 28, e pode ser conferida no site txaiamazonia.com.br.


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Whidy Melo