O sistema de transporte em Rio Branco parece competir por um prêmio de caos. Além da péssima qualidade do serviço, virou rotina semanal pelo menos dois ônibus quebrarem pela cidade. O mais recente foi ontem (24), na região da Praça da Revolução. E os vereadores? Seguem em silêncio, talvez esperando o marqueteiro também dar uma ajudinha por lá.
Azarão
O senador Sérgio Petecão, hoje tido como “azarão” na corrida ao senado, vai para a disputa apostando na sua popularidade e reza para acertar na escolha do melhor candidato ou candidata ao governo. Apesar dos comentários nada otimistas, é bom não achar que Petecão tá morto, pois pode ressurgir das cinzas.
Marcio
Dizem que quando Bocalom fala que se o chamarem ele vai, na verdade está se referindo de modo cifrado ao senador Marcio Bittar. A declaração de Bocalom ficaria assim: “se me chamarem, apoio o Bittar” que, até onde se sabe, formou dupla com Gladson Cameli para o Senado. O jogo é bruto.
Trama Macabra
Um casal tentava a todo custo ter acesso às câmeras de segurança envolvendo o episódio da morte de Juliana Chaar, antes mesmo da polícia. Segundo investigadores ouvidos pela coluna, o objetivo era que as imagens de Keldheky Maia atirando para todos os lados não chegassem às mãos das autoridades e muito menos da imprensa. Por isso, o silêncio nessa trama macabra. Mas nada deve acontecer com eles. São muito fortes e influentes. Isso também explica a demora da OAB/AC se manifestar oficialmente, quase na missa de sétimo dia da vítima. Só quem perdeu foi Juliana, lamentavelmente!
Dois pesos…
Após a tragédia envolvendo Juliana, o foco jamais foi protegê-la, mas sim criar um cerco em torno de Keldheky Maia, sócio do escritório de advocacia do Presidente da OAB/AC, Rodrigo Aiache. Imagina só: 20 advogados na Delegacia de Flagrantes tentando dar toda assistência a um cabra de ressaca, enquanto Juliana agonizava no pronto-socorro. Ainda bem que a família percebeu o movimento e tratou de se afastar dos “mocinhos”.
Finais de semana cada vez mais letais
As discussões em bares e locais de entretenimento de Rio Branco têm escalado para níveis preocupantes de violência. Só no último final de semana, duas tragédias chamaram atenção: uma servidora do Tribunal de Justiça foi atropelada durante uma confusão, e, em outro caso, um homem foi baleado — ambos perderam a vida. Esses episódios, infelizmente, não são pontuais. Vêm se repetindo em ritmo alarmante. A combinação entre álcool, descontrole e sensação de impunidade tem transformado ambientes de lazer em espaços de risco. É urgente que as autoridades intensifiquem a fiscalização noturna e adotem medidas mais rigorosas de segurança pública em bares e casas noturnas da capital acreana.
Inseguro
A tragédia da jovem advogada em uma conversa de boteco logo após vários feminicídios confirma: o Acre não é um bom lugar para mulher.
TCE e Energisa contra a violência
O Tribunal de Contas do Acre e a Energisa firmaram acordo de cooperação visando combater a violência contra mulheres e meninas, promover cidadania e impulsionar a eficiência energética e a sustentabilidade no Acre. Tudo certo, mas… e os direitos dos consumidores? Como o TCE tem atuado para assegurar que a Energisa não aja de modo arbitrário contra seus usuários?
Acordo
O acordo TCE/Energisa foi formalizado pela presidente do TCE, Dulce Benício, e pelo diretor-presidente da Energisa Acre, Ricardo Alexandre Xavier. Tanto um quanto outro querem fazer passar que o pacto demonstra o “compromisso institucional com as causas sociais e ambientais no Acre”.
Perigo nas ruas
A situação dos moradores em situação de rua em Rio Branco tem se agravado. O vício em drogas avança de forma descontrolada, principalmente nas regiões do Centro e do bairro Bosque, onde aumentam os casos de roubos e furtos cometidos por dependentes químicos. Muitos estão armados com facas e têm agido com violência, ferindo as vítimas. A Polícia realiza prisões, mas a maioria é liberada no mesmo dia. Comerciantes e moradores vivem com medo e se sentem abandonados pelo sistema de justiça. O Centro e o Bosque têm se transformado em uma “Cracolândia”.
Racismo no futebol e ameaças fora de campo
No futebol acreano, o caso de racismo envolvendo o jogador Luiggi, do Santa Cruz, ainda repercute. O episódio ocorreu durante a vitória do time por 2 a 0 sobre o Galvez, na última terça-feira (17), pela oitava rodada do Campeonato Acreano Sub-20. Além da gravidade da denúncia, o atleta teria começado a receber ameaças no centro de treinamento do clube, o que torna a situação ainda mais delicada. Neste momento, é essencial que prevaleçam a responsabilidade e o equilíbrio. As investigações devem seguir com rigor, e qualquer julgamento precipitado pode agravar ainda mais o cenário. Justiça se faz com apuração, não com linchamento.
Quente
De frio mesmo só essa friagem fraca. Ali por Xapuri, o clima político vai estar quente.
Estiagem
André Hassem, presidente do Imac, diz que a fiscalização ambiental está se intensificando com a chegada do verão. “Depois do frio vem a seca”, pondera. A conferir se isso não fica apenas na narrativa.
Vai dar B.O.
Quando não são os roubos de fios e cabos, o atendimento presencial nos órgãos do governo sofre com a lerdeza típica do serviço público. Na delegacia de polícia da Sobral, em Rio Branco, usuários esperam até duas cansativas horas para fazer um simples boletim de ocorrência. Apenas duas pessoas atendem o público naquela regional, a maior da capital.
Sobreposição
Estaria Cesário Braga querendo entrar para a história como o homem que sobrepôs JV?
Caiu a grana?
Notícia do pagamento dos servidores sempre rendeu no Acre – e só no Acre. Em nenhum outro lugar do Brasil, e talvez do mundo, calendário salarial de barnabé registra esses estardalhaços.
É de centro ou direitona?
O deputado Roberto Duarte vinha defendendo o fortalecimento da aliança entre seu partido e o MDB para as eleições de 2026. Ele quer superar os extremos políticos com uma centro-direita, mas vive falando que é de direita, nunca de centro.
Longe
O Acre está longe… muito longe do cenário adequado de aquecimento do comércio de açaí. Em lugares da Amazônia, já tem empresas colhendo a fruta com robô por controle remoto. E aqui a coisa não anda.
Não só
E não se pode dizer que é uma inoperância só dos governos. A iniciativa privada também expõe falta de iniciativa. Quanto se tem no Acre de áreas com açaí de cultivo? Poucos. E a área plantada não garante abastecer nem a rede de supermercado. Falta muito profissionalismo.
Modernização
Seagri atende a uma reivindicação antiga dos extrativistas: por meio de um convênio com o Banco do Brasil, vai realizar a modernização do subsídio da borracha e do murmuru. Uma poupança social será garantida a quem não tem conta bancária. Pagamento direto ao extrativista. A Seagri só não disse quanto isso vai custar. Mas a medida é avanço.