A perícia realizada no corpo da advogada Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, que morreu depois que foi atropelada em frente a uma casa noturna em Rio Branco, na madrugada de sábado (21), e após disparos de pistola pelo advogado Keldheky Maia da Silva, resultou negativo para perfurações de arma de fogo. Keldheky Maia é sócio do presidente da OAB/AC, Rodrigo Aiache, e pode responder por tentativa de homicídio.
De acordo com as informações do inquérito obtido pelo ac24horas, uma testemunha que descreveu como tento uma visão privilegiada de toda a discussão que começou dentro da casa noturna Dibuteco, uma pessoa – que ele não conhece por nome, mas que foi identificada em uma fotografia – foi até um veículo, pegou uma pistola e saiu atirando em direção ao local em que estava ocorrendo a briga. Ocorre que pelas imagens, o atirador seria Keldheky Maia da Silva. Ainda segundo o depoimento, Juliana estava na linha de tiro do atirador. O atropelamento foi fato logo seguinte aos disparos.
Além disso, ainda no sábado (21), o pai de Juliana Chaar compareceu à Delegacia de Flagrantes – DEFLA informando que a vítima teria sido supostamente atingida por um disparo de arma de fogo na região das costas. Por causa da suspeita, o delegado de polícia no plantão, Vanderlei Scherer Thomas, pediu a apuração das informações no exame pericial necroscópico.
De acordo com o delegado Pedro Paulo Buzolin, coordenador da Divisão Especializada de Investigações Criminais, o exame não identificou sinais de que a vítima tenha sido atingida por disparos. Mesmo assim, o advogado pode ser indiciado por tentativa de homicídio, já que imagens de câmeras de segurança mostram que Maia atirou em direção às pessoas. “O delegado lavrou o auto de prisão em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo e o fez com base nas informações que lhe foram apresentadas e até então. Isso pode, sim, evoluir para um homicídio na forma tentada”, afirmou.