Menu

Rios transbordam no RS e voltam a atingir cidades devastadas na tragédia de 2024

Foto - Leandro Fernandes/Prefeitura de Lajeado

Pouco mais de um ano após a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, novas chuvas voltaram a elevar os níveis dos rios Taquari e Caí, que haviam registrado enchentes históricas em maio de 2024 e agora atingem comunidades que ainda estão em processo de reconstrução.


O rio Taquari ultrapassou a cota de inundação de 19 metros nesta quarta-feira (18), em Lajeado, atingindo 19,24 metros às 14h. O rio está acima do nível médio na cidade, de aproximadamente 13 metros. Em maio de 2024, o rio chegou a superar os 30 metros, devastando as áreas baixas da cidade e alcançando até o terceiro andar de prédios.


A imagem mostra um rio com águas turvas, provavelmente em cheia, ocupando a maior parte da cena. O céu está nublado e cinzento, indicando um clima chuvoso. À margem do rio, há uma calçada de pedras e, ao fundo, é possível ver um edifício com grafite colorido na lateral. A vegetação é visível nas margens do rio, mas está parcialmente coberta pela água.
Rio Taquari ultrapassou a cota de inundação nesta quarta-feira (18) em Lajeado – Leandro Fernandes/Prefeitura de Lajeado
Já em Muçum, o nível do Taquari está estável em 11 metros, e apresenta tendência de queda desde as 7h desta quarta, se afastando da cota de inundação de 18 metros.


Em São Sebastião do Caí, o rio Caí registra 10,13 metros, 13 centímetros acima da cota de inundação. Em outro ponto do rio, na cidade de Nova Petrópolis, um homem de 22 anos morreu submerso dentro do próprio carro quando a cabeceira de uma ponte desmoronou.


A Defesa Civil do RS confirmou a morte de uma mulher em Candelária, e procura por um homem desaparecido.


Em Canoas, choveu 69 mm em quatro horas durante a madrugada, acima dos 61 mm previstos para o dia inteiro. Ao todo, 89 pessoas estão desalojadas e 28, desabrigadas. A prefeitura abriu um abrigo com capacidade para receber 150 pessoas no ginásio São Luís.


Em nota, a prefeitura de Canoas informou que, apesar dos alagamentos, não há risco de inundações ou enchentes na cidade. Equipes estão realizando a desobstrução de pontos no sistema de drenagem com o auxílio de caminhões de hidrojateamento.


Uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) no bairro Mathias Velho teve os serviços interrompidos devido a alagamentos no entorno, e as demandas foram transferidas para o Hospital Nossa Senhora das Graças.


Todas as aulas da rede municipal de ensino fundamental estão suspensas nesta quarta-feira.


Uma breve queda de energia elétrica causou a paralisação dos motores de uma das casas de bomba do município por meia hora, mas o fornecimento foi logo restabelecido.


O nível de rios e corpos d’água mais próximos da região metropolitana de Porto Alegre está em alta, mas ainda distante das cotas de inundação.


Em São Leopoldo, o nível do rio dos Sinos está em 3,44 metros, com elevação média de 2,7 centímetros por hora, ainda abaixo da cota de 4,50 metros.


Em Porto Alegre, o lago Guaíba registra 2,05 metros, ainda distante da cota de inundação de 3,60 metros. No entanto, o nível pode subir nos próximos dias, à medida que as águas dos rios Taquari e Caí escoem para o delta do Jacuí, que alimenta o Guaíba.


Ao menos 51 cidades registraram ocorrências causadas pelas chuvas e alagamentos desde segunda-feira (16) no Rio Grande do Sul, incluindo destelhamentos, queda de árvores, problemas de abastecimento de água e energia e danos em pontes e estradas.


De acordo com a Defesa Civil, ao menos 2.256 pessoas estão fora de casa no começo da tarde desta quarta-feira, sendo 1.038 em abrigos. A maior parte dos desalojados e desabrigados é de Jaguari, onde cerca de 1.200 precisaram deixar suas residências.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido
plugins premium WordPress