Dois estudantes indígenas acreanos foram aprovados para o curso de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac). Angélica Manchineri, do povo Manchineri/Kaxinawa, e Wesley Felipe, do povo Nawa, conquistaram vagas em um dos cursos mais concorridos da instituição.
A conquista foi comemorada pelo Coletivo de Estudantes Indígenas da UFAC (CEIUFAC), que destacou o feito como um marco histórico na luta por acesso à educação superior e inclusão de povos originários em cursos de alta concorrência. A universidade federal conta com estudantes indígenas de diferentes etnias, mas até então nenhum indígena do estado havia ingressado no curso de Medicina.
“Trata-se de um marco na luta por equidade, representatividade e justiça no acesso à educação superior pública, especialmente aos cursos historicamente elitizados. Este avanço é símbolo de resistência, de ancestralidade viva, de um sonho cultivado por gerações. É também um passo importante na construção de uma universidade verdadeiramente plural, que reconhece e valoriza os saberes indígenas como parte fundamental da ciência, da saúde e da vida. A universidade é amazônida. A universidade também é território indígena. O Coletivo dos Estudantes Indígenas da Universidade Federal do Acre – CEIUFAC parabeniza com orgulho essa conquista coletiva. História viva em movimento”, publicou o coletivo nas redes sociais.