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Na última hora

Por
Narciso Mendes

Ao reafirmar que será candidato nas próximas eleições, Jair Bolsonaro complica a estratégia oposicionista


O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, entre todos àqueles que se dispõem disputar a presidência da nossa República, a sua candidatura vem ser àquela que tem desperta toda sorte de interesses e questionamentos, seja entre os denominados bolsonaristas, bem como, entre os assumidamente lulistas.


Lamentavelmente a nossa polarização, por sê-la de caráter pessoal e não partidário, se mantida até as eleições presidenciais de 2026, ganhe quem ganhar e perca quem vier perder, bons resultados não virão, até porque, sempre que o ódio passa a integrar a atividade política, seja no nosso ou em qualquer outro país, nada de útil e necessário irá acontecer.


Porém, para se candidatar a presidente da República nas eleições de 2026 o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teria que renunciar o seu atual mandato no mês de abril do próximo ano, e ao mesmo tempo, não mais poderia se candidatar a presidência.


Caso venha disputar à presidência da República os riscos de ser derrotado são bem maiores, afinal de contas, nas últimas seis disputas pela presidência da nossa República, o presidente Lula sagrou-se vitorioso em cinco delas, e na disputa de 2018, se pudesse ter sido candidato, Jair Bolsonaro teria sido derrotado.


Portanto, em trocando o quase certo pelo duvidoso, contra a sua candidatura a presidência da República, o próprio Tarcísio de Freitas precisaria contar com apoio antecipado do seu criador, Jair Bolsonaro, mas este não parece disposto a apoiar, nem mesmo, a sua própria cria.


A propósito, sempre que é questionado sobre qual o candidato que poderia apoiar nas eleições presidenciais de 2026, invariavelmente, ele responde: eu, na primeira, eu na segunda e eu na terceira hipótese. Desta feita, se assim continuar se comportando, jamais o governador Tarcísio de Freitas renunciará o seu mandato, e por certo, buscará a sua reeleição.


De mais a mais, no quesito gratidão, em relação ao seu criador político, Jair Bolsonaro, sua cria, Tarcísio de Freitas, tem feito de tudo para se fazer merecedor da nota 10.


Daí a pergunta que não pode calar: se inviabilizada a candidatura Jair Bolsonaro e a de Tarcísio de Freitas, qual entre as demais pré-candidaturas: a de Romeu Zema, a de Ratinho Junior, e a de Ronaldo Caiado, delas receberá o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro?


Respondo: como nenhum dos pré-candidatos acima citados carrega  o sobrenome “Bolsonaro”, em não sendo ele, Jair Bolsonaro, o candidato da familiocracia mais abrangente do nosso país, o seu filho Eduardo ou a sua esposa Michelle é quem o representará.


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Narciso Mendes