Sula Ximenes destaca obras em andamento e entrega de 13 grandes projetos até 2025

Por
Saimo Martins

A edição do programa Bar do Vaz desta terça-feira (17) entrevistou a presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, que abordou diversos temas em conversa com o jornalista Roberto Vaz. Sula destacou os avanços na infraestrutura do estado, com ênfase na importância estratégica dos aeródromos para garantir o abastecimento e a mobilidade de comunidades isoladas. Ela também comentou sobre os desafios logísticos enfrentados para manter essas estruturas em funcionamento e detalhou os esforços do governo para viabilizar projetos de ligação terrestre com municípios de difícil acesso além de outros temas importantes.


A presidente Sula Ximenes, ressaltou que o órgão está presente em todos os 22 municípios do estado, atuando em frentes como ramais, aeródromos, balsas e rodovias estaduais.“Através do Deracre, o governo do Estado está presente em todos os municípios. Seja no ramal, no aeródromo ou nas balsas, estamos cumprindo nossa missão de garantir mobilidade e acesso”, afirmou Sula. A diretora explicou que, mesmo onde o órgão não possui uma sede estruturada, há representantes atuando em regime fixo ou por meio de escritórios regionais. “Eu faço questão de visitar todos os locais. Temos uma equipe de comunicação muito eficiente, e recebemos atualizações diárias sobre as ações do Deracre em todas as regionais”, disse.


Sula destacou que, apesar das dificuldades logísticas enfrentadas em regiões isoladas — acessíveis apenas por barco ou avião —, o órgão tem se esforçado para manter as principais vias vicinais trafegáveis. A presidente informou que atualmente o Deracre é responsável pela manutenção de 10 rodovias estaduais, que somam aproximadamente 500 quilômetros. “Em Cruzeiro do Sul, por exemplo, temos três rodovias. As BRs são de competência federal, mas as rodovias estaduais são nossa responsabilidade”, explicou.


Foto: Sérgio Vale

Sula também mencionou que há rodovias ainda não oficializadas como estaduais, mas que o Deracre já realiza manutenção nelas, como é o caso da Estrada Mário Lobão, em Sena Madureira. “Já cuidamos dela, inclusive porque a ponte sai na Mário Lobão. Nada mais justo do que trazê-la oficialmente para o Estado e transformá-la em rodovia estadual. Para isso, estamos elaborando um projeto de lei que será enviado à Assembleia Legislativa”, explicou.


Ximenes, enfatizou a atuação do governo do Estado nos ramais e explicou as estratégias adotadas para minimizar os impactos do inverno amazônico e aproveitar ao máximo o período de estiagem.


“Ano passado, trabalhamos diretamente em cerca de 4 mil quilômetros de ramais. Somando com as ações indiretas, chegamos a 9 mil quilômetros. É um volume expressivo, considerando que o Acre tem aproximadamente 20 mil quilômetros de ramais em todo o estado”, afirmou Ximenes.


Segundo ela, os municípios com as maiores malhas viárias rurais são Porto Acre, seguido de Sena Madureira e Rio Branco. “São os que mais demandam atenção e estrutura por parte do Deracre”, ressaltou.


Ximenes explicou que os maiores desafios ocorrem durante o inverno, período chuvoso da região. No entanto, é no verão que há mais pressão por resultados. “O inverno dificulta a manutenção, mas no verão vem a cobrança, porque é o momento de recuperar os trechos danificados. Por isso, iniciamos o planejamento da Operação Verão ainda em novembro do ano passado”, explicou.


“Graças ao planejamento antecipado, a Operação Verão foi lançada oficialmente no dia 5 de maio, antes mesmo do início efetivo do período seco. Ainda nem tínhamos tido a primeira friagem, mas já conseguimos mobilizar nossas equipes e equipamentos”, destacou.


Atualmente, segundo Ximenes, 100% da frota do Deracre está em atividade nos 22 municípios do estado. Em algumas localidades, a atuação ocorre diretamente pelo órgão; em outras, por meio de termos de cooperação com as prefeituras, que recebem o maquinário e executam os serviços. “Nos adaptamos conforme a necessidade de cada município, sempre com o objetivo de garantir trafegabilidade à população rural”.


Durante entrevista ao programa Bar do Vaz, a presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, comentou sobre o andamento das obras da ponte da Sibéria, em Xapuri, e destacou o apoio do governo estadual na liberação de recursos para infraestrutura.


Segundo Ximenes, o governador Gladson Cameli tem sido fundamental para garantir a execução das obras em todo o estado. “Quando não consigo resolver a parte orçamentária com o coronel Brandão ou a questão financeira com a Amarisio, recorro diretamente ao governador. E ele sempre dá um jeito. Mas é importante dizer que tanto o coronel quanto a Amarisio são parceiros comprometidos. Eles compreendem a importância de entregar essas obras agora”, afirmou.


Sula confirmou que a tão aguardada ponte da Sibéria, em Xapuri, finalmente será concluída. “Essa ponte vai sair, sim. A previsão é que a gente entregue em setembro. Já estamos finalizando a superestrutura e, em seguida, partiremos para a urbanização do entorno”, garantiu.


Ximenes destacou ainda que a nova ponte vai beneficiar diretamente a população local, que há décadas reivindica a obra. “Aquela população espera essa ponte há 40 anos. Atualmente, temos uma balsa que constantemente apresenta problemas e representa um custo mensal de quase R$ 700 mil para o Estado. Com a conclusão da ponte, isso vai acabar. Não vejo a hora de o governador entregar essa obra para o povo de Xapuri”, explicou.


Durante entrevista, a presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, comentou sobre as obras de contenção da erosão na Orla de Brasiléia, às margens do Rio Acre. Segundo ela, a intervenção utiliza a técnica conhecida como bolsa-creto, já aplicada em outras regiões do estado, como na Gameleira, em Rio Branco.


“Você sabe aquele revestimento de sacos de cimento que vemos ali na Gameleira? Aquilo é o bolsa-creto. Trata-se de sacos de cimento amarrados e dispostos lado a lado para formar uma barreira de contenção. É essa técnica que estamos utilizando em Brasiléia”, explicou Ximenes.


O objetivo da obra é conter a erosão e, ao mesmo tempo, criar um novo espaço urbanizado para lazer da população. De acordo com ela, a intervenção vai abranger 450 metros de orla, com previsão de entrega até o final do ano. “Essa primeira etapa está sendo executada com recursos de uma emenda parlamentar da ex-deputada federal Vanda Milani. Já os outros 450 metros restantes ficarão sob responsabilidade da Prefeitura de Brasiléia. Ao todo, será um projeto urbanístico bonito, que vai dar fim à erosão e valorizar a cidade”, destacou. A previsão da empresa responsável pela execução é de que a obra seja concluída entre os meses de novembro e dezembro.


A presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, informou que a obra de pavimentação da Estrada da Variante, em Chapuri, está em fase de conclusão e deverá ser entregue entre os dias 20 e 30 de julho deste ano.


“Está ficando muito bonito lá. Faltavam apenas 10 km de pavimentação, e já demos a ordem de reinício para a empresa. Nesta semana, eles já devem fazer a imprimação para, em seguida, aplicar o asfalto”, explicou Ximenes.


Ao todo, são 17 quilômetros de pavimentação, incluindo a construção de duas rotatórias, a restauração de duas pontes de concreto e a substituição de antigos bueiros por grandes galerias de concreto.


“O projeto inicial previa um investimento de R$ 26 milhões, oriundos de emenda parlamentar. No entanto, o governador alocou recursos próprios, e hoje o valor da obra já chega a aproximadamente R$ 43 milhões”, destacou.


Foto: Sérgio Vale

Deracre destaca melhorias no Ramal Novo Horizonte e acesso ao Ramal 12 em Plácido de Castro


Sula Ximenes, destacou as obras de recuperação e pavimentação no Ramal Novo Horizonte, que dá acesso ao Ramal 12, no município de Plácido de Castro. Segundo ela, os serviços incluem a aplicação de micro revestimento asfáltico, técnica utilizada para melhorar a trafegabilidade das vias com eficiência e menor custo.


“São duas obras distintas. A primeira, oriunda de emenda parlamentar, compreende os 10 km do Ramal 12, que já foram totalmente pavimentados. No entanto, para chegar até ele era necessário percorrer 18 km de estrada em péssimas condições. O governador, ao tomar conhecimento da situação, me chamou e determinou a recuperação desse trecho. Missão dada é missão cumprida. Fizemos o projeto e já estamos finalizando os 18,5 km de acesso ao Ramal 12”, explicou Ximenes.


A obra tem sido bem recebida pelos moradores da região. “Sou suspeita para falar, mas está ficando muito bonito. O pessoal lá está muito contente, porque antes não conseguiam nem trafegar. Era praticamente um ramal navegável, só dava para passar de barco”, afirmou.


Outro destaque do projeto são as sete pontes existentes no trecho. “Nesse momento, estamos apenas restaurando essas pontes, mas já temos recursos alocados em outro projeto para substituí-las por pontes de concreto”, acrescentou.


A obra conta com recursos provenientes de emenda parlamentar do senador Márcio Bittar. “Márcio foi um dos parlamentares que mais destinaram recursos ao Deracre, e essa obra é um exemplo disso”, concluiu Ximenes.


Ximenes respondeu às críticas de que o governo Gladson Cameli não estaria executando obras relevantes no estado. Segundo ela, apenas para 2025 estão previstas a entrega de 13 grandes obras de infraestrutura em diversos municípios.


Entre os projetos citados por Ximenes estão:


• Estrada da Variante, em Chapuri;


• Ponte da Sibéria, também em Chapuri;


• Urbanização da Orla de Brasiléia, com contenção de erosão e área de lazer;


• Ramal Novo Horizonte e Ramal 12, em Plácido de Castro;


• Entrada de Plácido de Castro, já entregue;


• Segunda etapa da recuperação da AC-405, em Cruzeiro do Sul;


• Cinco trechos da Operação AC-cesa, que somam entre 20 e 30 km de pavimentação cada.


“São investimentos significativos, com foco em melhorar a mobilidade e a qualidade de vida da população acreana”, destacou a diretora. Ximenes ainda reforçou que outras obras, como a urbanização de áreas estratégicas em municípios do interior e a substituição de pontes antigas por estruturas de concreto, também estão em fase avançada de execução.


Arco Metropolitano de Rio Branco é licitado e terá nova ponte sobre o Rio Acre


A presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, anunciou a licitação do Arco Metropolitano de Rio Branco, uma das maiores obras de mobilidade urbana previstas para a capital.


“O Arco Metropolitano foi recentemente licitado e vai ligar o bairro Belo Jardim até o Custódio Freire, na BR-364. A proposta é criar um novo corredor de tráfego que passe por fora da cidade, funcionando como um grande anel viário”, explicou.


Ao todo, o projeto contempla 26 quilômetros de pavimentação. Segundo Ximenes, os três primeiros trechos do Arco já foram licitados — restando apenas a ponte sobre o rio para completar o empreendimento.


“O objetivo é desafogar o trânsito urbano, especialmente no perímetro central, e facilitar o deslocamento de cargas e passageiros entre regiões estratégicas da capital e rodovias estaduais e federais”, destacou.


Foto: Sérgio Vale

Deracre atua na recuperação da passarela no centro de Rio Branco


Sula Ximenes informou que a autarquia está realizando uma obra de recuperação da passarela localizada no centro de Rio Branco. “No centro da cidade, o Deracre está atuando especificamente na recuperação da passarela. É a única intervenção nossa naquela área”, explicou.


Apesar de acompanhar de perto as melhorias, Ximenes reforçou que a atuação direta do Deracre no centro está limitada à passarela: “Ali, estamos presentes apenas com essa obra de recuperação, mas acompanhamos com atenção as demais intervenções”, concluiu.


A presidente destacou a importância do planejamento conjunto com o secretário de Planejamento, Ricardo Brandão, para garantir a execução das obras no estado. Segundo ela, o trabalho integrado tem permitido que os projetos avancem conforme o previsto.


“No início, houve todo um planejamento com o Ricardo Brandão sobre o que seria necessário para que conseguíssemos executar as obras. Graças a Deus, tem dado certo. Tudo está sendo feito dentro do planejamento, sem faltar recursos”, afirmou.


Ximenes também explicou como funcionam os processos de licitação e os contratos firmados a partir dos pregões públicos. Ela esclareceu que o valor contratado não significa, necessariamente, que todo o montante será utilizado.


“Sempre que realizamos uma licitação ou um pregão, é feito um contrato com base em um valor previsto. Mas isso não quer dizer que será exatamente aquele montante que será gasto. Muitas vezes, as pessoas questionam dizendo que foram disponibilizados R$ 400 milhões e nada foi feito, mas, na verdade, aquilo é uma estimativa orçamentária. O valor final da obra pode ser menor, dependendo da proposta vencedora da licitação”, explicou.


Ela citou como exemplo a construção da ponte da Sibéria, em Xapuri: “Tínhamos um projeto estimado em R$ 43 milhões. O parlamentar alocou esse valor por meio de emenda, e nós licitamos com base nesse orçamento. Mas o valor final pode ser menor, a depender da proposta vencedora”, disse.


Em outros casos, como o do viaduto de Rio Branco, a situação foi inversa. “A emenda era de R$ 23 milhões, mas o orçamento final da obra ficou em R$ 38 milhões. Nesses casos, o Estado entra com a contrapartida para cobrir a diferença e garantir a execução do projeto”, completou.


Ximenes, enfatizou a importância dos aeródromos para a integração e o abastecimento dos municípios mais isolados do estado. Segundo ela, todas as unidades estão em funcionamento e homologadas, com exceção de três que ainda não possuem balizamento noturno.


“Graças a Deus, os nossos aeródromos estão todos operando e homologados. Apenas três ainda não têm balizamento noturno. A manutenção é constante, apesar das dificuldades logísticas. O acesso é muito difícil, especialmente no inverno, e por isso, precisamos levar o material nessa época para executar os serviços no verão”, explicou.


Sula ressaltou que os aeródromos têm papel fundamental na vida da população local. “Por esses aeródromos chegam alimentos, medicamentos, equipes de saúde, educação e todo tipo de abastecimento. São a principal porta de entrada e saída de muitas comunidades. Imagine agora, com o rio seco e sem a possibilidade de navegação, como essas pessoas teriam acesso ao básico se não fossem os aeródromos?”, disse.


Sobre a possibilidade de construção de estradas, a presidente citou iniciativas em andamento. “Em Santa Rosa do Purus, o governo do Estado está à frente de um projeto para abrir uma estrada até Manoel Urbano. Já fizemos a análise preliminar e, felizmente, o traçado não passa por áreas de reserva ambiental. Inclusive, já encaminhamos a licitação para os estudos ambientais. Claro, isso não garante que as licenças serão aprovadas, mas estamos cumprindo todas as etapas técnicas.”


Ela também mencionou avanços no planejamento de um novo acesso a Porto Walter. “Estamos trabalhando junto ao Ministério Público Federal, IMAC e FUNAI na elaboração de três traçados alternativos para ligação terrestre com Porto Walter. O objetivo é encontrar um caminho viável e ambientalmente correto. Não descansamos, estamos sempre buscando soluções.”


Ela chamou atenção para o custo elevado das passagens aéreas nos municípios isolados, como Jordão, onde o preço pode chegar a R$ 1.200. “É inviável para o cidadão comum. E, muitas vezes, acaba recaindo sobre o Estado, que hoje mantém os oito aeródromos em funcionamento totalmente gratuitos. Toda a estrutura aeroportuária é bancada pelo Estado, sem custos aos usuários. O valor das passagens é definido pelas companhias aéreas, mas toda a infraestrutura está disponível sem cobrança”, concluiu.


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