O oficial de justiça do Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), Pablo Carvalho, denunciou nas redes sociais um caso de capacitismo institucional, após ter seu pedido por condições especiais de trabalho ignorado por seis meses. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ele apresentou laudo pericial favorável, mas, mesmo assim, o tribunal solicitou uma nova perícia para avaliar sua “aptidão para o cargo”.
Pablo afirma que sua produtividade está acima da média, o que, segundo ele, comprova sua plena capacidade profissional. Para o servidor, a atitude do tribunal reflete preconceito e desrespeito aos direitos de pessoas neurodivergentes no serviço público.
“Há algo mais capacitista do que um servidor público autista pedir condições especiais de trabalho e ter sua capacidade para o cargo questionada?”, publicou em tom de denúncia e conscientização.
O caso tem repercutido nas redes sociais e reacende o debate sobre inclusão, acessibilidade e o cumprimento dos direitos garantidos por lei às pessoas com deficiência nos ambientes institucionais.