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No Acre, povos da floresta e governo definem percentuais dos benefícios de crédito de carbono

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Num momento em que o mundo clama por soluções reais para frear as mudanças climáticas, o Acre dá mais um passo histórico ao fortalecer a participação dos povos da floresta nas decisões sobre o futuro da Amazônia.


Em um fórum realizado em Rio Branco, nesta quinta e sexta, 12 e 13, lideranças indígenas, extrativistas, ribeirinhas e da agricultura familiar se reuniram com o governo estadual para decidir, de forma democrática, como será feita a nova repartição dos recursos vindos do Programa ISA Carbono, o REDD+ Jurisdicional do Acre.


Após meses de escuta junto às comunidades, capacitações e intensos debates nas cinco regionais do estado, os representantes eleitos defenderam seus percentuais e chegaram a um consenso.

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O novo modelo de repartição ficou assim: 22% para os territórios indígenas, 26% para os extrativistas, 24% para agricultores familiares e pequenos produtores e 28% para o governo implementar as políticas públicas de REDD+ Jurisdicional, de enfrentamento ao desmatamento ilegal e degradação florestal, fortalecimento da governança ambiental e gestão de unidades de conservação e áreas não destinadas.



A construção coletiva reforça o protagonismo dos povos da floresta e a responsabilidade compartilhada na luta contra o desmatamento e na geração de benefícios reais para quem cuida da floresta em pé. “Eles caminharam lado a lado com o governo, defenderam seus interesses e chegaram a um consenso. Isso fortalece o Acre como referência mundial no REDD+ e abre novas oportunidades de captação de recursos climáticos com a venda futura de créditos de carbono”, destacou Jacksilande Araújo, presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC).


A decisão também atende a um dos requisitos para que o Acre alcance um padrão internacional na geração de créditos de carbono de alta integridade, o ART Trees. Para garantir total transparência, o governo disponibilizou todos os documentos, atas e resultados das consultas no site do IMC, permitindo que qualquer cidadão acompanhe o processo.


Com informações da Agência de Notícias do Acre


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