Foto: Jardy Lopes
Inaugurado em 15 de junho de 1929 pelo então governador Hugo Carneiro, o Mercado Municipal do Primeiro Distrito, hoje chamado “Novo Mercado Velho”, foi o primeiro edifício em alvenaria de Rio Branco.
Esse pioneirismo arquitetônico inspirou outras construções, como o Palácio Rio Branco e o quartel da Polícia Militar. Com o tempo, o prédio tornou-se um ponto turístico e cultural, abrigando restaurantes, bares, lojas, artesanato e comidas típicas.
Em 2002, passou por restauração e ganhou nova fachada, consolidando-se como espaço de convivência e encontro artístico.
Nos últimos anos, o calçadão que margeia o rio Acre — um dos cartões-postais do mercado — vem sofrendo intensa erosão fluvial. O problema se intensificou em 2024.
Um laudo da Defesa Civil de Rio Branco apontou que o solo se desloca cerca de 1 cm a cada dois dias, com rachaduras e desníveis preocupantes.
Parte da área do Novo Mercado Velho, que dá acesso a outro ponto turístico de Rio Branco, a Gameleira, foi interditada pela Defesa Civil por risco de desmoranamento.
Com isso, comerciantes, feirantes e empreendedores que trabalhavam no local tiveram que ser realocados por questões de segurança.
Além disso, os que permaneceram nas áreas ainda consideradas seguras relatam queda nas vendas e pouca visitação do público.
O local — que antes era ponto de visitação, tanto de turistas quanto de acreanos que costumavam celebrar o espaço que guarda parte da história do povo acreano — deu lugar a um cenário de rachaduras no solo, faixas de isolamento e alerta de risco.
Em resposta, o governo montou uma “praia” de contenção e decretou situação de emergência ambiental e urbana. A prefeitura também realocou feirantes e comerciantes próximos à beira do rio, que já saíram por questões de segurança.