Neste domingo, 15 de junho, o Acre celebra 63 anos de sua emancipação política, relembrando uma trajetória marcada por coragem, resistência e amor à pátria. Para comemorar a data histórica, o Governo do Estado promove uma solenidade a partir das 17h no Calçadão da Gameleira, em Rio Branco, com a presença do governador Gladson Cameli e de diversas autoridades.
Com 85% de sua floresta nativa preservada, o Acre é reconhecido nacional e internacionalmente por sua biodiversidade, sendo exemplo de conservação ambiental e identidade cultural amazônica. A celebração da emancipação política reafirma o orgulho do povo acreano por sua história única dentro da federação brasileira.
Da Revolução Acreana ao status de Estado
A história do Acre é singular no contexto nacional. Originalmente parte do território da Bolívia, o estado começou a ser ocupado por brasileiros no final do século XIX, durante o Ciclo da Borracha. O aumento da presença de nordestinos na região gerou conflitos com autoridades bolivianas, culminando na Revolução Acreana.
Liderado por nomes como Plácido de Castro e José Carvalho, o movimento declarou a independência do Acre em 1902. No ano seguinte, por meio do Tratado de Petrópolis — negociado pelo Barão do Rio Branco — o Brasil anexou oficialmente o território, pondo fim aos conflitos com a Bolívia.
Em 1920, o Acre foi transformado em território federal, passo decisivo rumo à sua institucionalização como ente federativo. Esse processo culminou em 1962, com a promulgação da Lei nº 4.070, que elevou o Acre à condição de estado brasileiro, consolidando sua integração plena à federação.