Um filme gravado no Acre deverá ser exibido na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, marcada para novembro em Belém do Pará. É o longa-metragem Corredor Cultural do Vale do Juruá, feito pela produtora cinematográfica carioca Nicole Algranti com participação da co diretora indígena Mara Vanessa Paeteni Huni Kuin, do município de Jordão, no Acre. As imagens e depoimentos foram captadas em maio e agora em junho em Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo.
“Este também foi um filme escola, onde tivemos a participação da co diretora Mara Vanessa Paeteni Huni Kuin que atualizou seus aprendizados técnicos usando o gimble e câmera de última geração 6k e me ajudou na direção e câmera. Também tive na equipe Francisco Serra que é um dedicado pesquisador de cinema, assistente de direção, que também nos auxiliou no roteiro”, conta Nicole .“ A ideia é fazer um apanhado de vozes com pessoas que representam o movimento cultural, gastronômico, indígenas e social do vale do Juruá e também questões de como o clima afeta a vida das pessoas para que o filme chegue na Cop 30”, relata.
As gravações do filme, que tem o apoio do Sebrae AC, Fundação de Cultura Elias Mansour- FEM, e Prefeitura de Marechal Thaumaturgo, terão continuidade no Acre em setembro.
Mara Vanessa Paeteni Huni Kui diz que será importante mostrar essa região do Acre para o mundo por meio do filme, bem como as mudanças climáticas afetam os moradores.
“Pensamos de fazer um vídeo sobre a clima, sobre a questão climática, porque é muito importante para o mundo saber como isso chega na realidade dos indígenas e não indígenas”, conta ela, que já fez com o pai, Norberto Sales, o filme Um rito de passagem Huni Kui, Nixpu pima, no município de Jordão.
As cineastas também dividiram conhecimento. Ministraram oficinas de edição para estudantes de Marechal Thaumaturgo e para jovens mulheres indígenas da etnia Ashaninka, na aldeia Apiwtxa.
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