A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (10) uma operação para desarticular um esquema de fraudes no Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), pago pelo INSS a pessoas idosas em situação de vulnerabilidade. Entre os alvos estão um médico e servidores públicos suspeitos de favorecer migrantes venezuelanos de forma irregular em Roraima.
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Bonfim, Cantá e Boa Vista, capital do estado. Durante a ação, um homem que não era investigado foi preso em flagrante por posse ilegal de armas e munições.
As investigações apontam que o grupo atuava de forma organizada na falsificação de documentos e registros para garantir o acesso indevido ao benefício assistencial. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos, no valor de R$ 9 milhões.
A ofensiva é mais uma etapa da Operação Ataktos, iniciada em outubro de 2024. Em abril deste ano, outra fase da operação teve como alvos um ex-delegado da Polícia Civil e oito advogados suspeitos de envolvimento em um esquema semelhante.
De acordo com a PF, os criminosos cooptavam idosos venezuelanos ainda no país vizinho, providenciavam documentação falsa e realizavam os cadastros necessários para liberação do benefício. Após receberem os primeiros pagamentos, os beneficiários voltavam à Venezuela, mantendo o recebimento do BPC de forma ilegal.
As investigações apontam a existência de diversos núcleos criminosos independentes, atuando de forma articulada em fraudes contra o sistema previdenciário federal no estado.
