Vereador gosta mesmo é do erário. Se do orçamento sobrar uma ponta para distribuir em cargo de comissão, melhor: daí todo mundo se empanturra. Segundo o DataSenado, o gasto com pessoal das 22 câmaras de vereadores do Acre aumentou 442% de 2013 a 2023.
Uma ponta para os aliados II
Nesse período, ainda segundo o DataSenado, só na Câmara de Vereadores de Rio Branco o gasto com salários saltou de R$17,8 milhões para R$49 milhões, um tapa na cara do trabalhador que sofre com a buraqueira e o abandono geral da cidade sob alegação de falta de recursos.
Falida?
Aí tem de analisar essa narrativa de “Câmara falida” que vem tomando conta da política acreana atualmente.
Chocante
O que mais choca nesse caso do “curral-escola”, é que fica no Bujari, coladinho da capital acreana. Imagine só como não estão as escolas rurais dos municípios mais isolados do Acre? Com a palavra, Jordão, Porto Walter, Santa Rosa do Purus e Marechal Thaumaturgo.
Me digam…
Já que perguntar não ofende, que culpa tem o secretário de educação do Estado, Aberson Carvalho, de uma barata ser encontrada dentro da geladeira de uma escola na zona rural?
Tem candidato
Antes que a boca do fuxico possa colocar em xeque o compromisso do secretário de saúde municipal, Renan Biths esclarece que a parceria com o secretário estadual Pedro Pascoal se restringe ao desafio dos problemas da saúde. E foi mais além: “meu compromisso político é com Fábio Rueda”.
Bala pra todo lado
Enquanto Cesário Braga passa pelo teste da farinha para saber se é acreano de verdade, os conflitos pela terra assombram o sistema fundiário do Acre. No ano passado, segundo a CPT, foram 59 conflitos, praticamente um confronto por semana.
A doce vida de um acreano
Ironizado pela “dolce vita” que leva mundão afora – às vezes na Rua Cler, perto da Torre Eiffel, em Paris, outra hora na avenida Qianmen Main Street, em Pequim – , JV se injuriou: “Onde quer que eu esteja, sigo procurando ajudar nossos irmãos e irmãs acreanas”.
Sem ninho
“Está mais fácil comprar uma casa por um financiamento da Caixa Econômica do que alugar um gabinete na atual gestão da Câmara Municipal”, revelou um vereador inconformado com a burocracia e os cortes de gastos impostos pelo presidente da Casa, Joabe Lira.
Olhar crítico
Por falar em Joabe Lira, comenta-se nos bastidores da Câmara que há diversos “cargos fantasmas” — pessoas que estariam recebendo salários sem sequer aparecer no parlamento. A denúncia parte de fontes ligadas ao próprio grupo de apoio de Lira, que afirmam haver indícios e pontas soltas que podem comprovar a prática. O curioso é que Joabe tem sido um crítico ferrenho das supostas irregularidades da gestão anterior, mas parece não observar o que pode estar ocorrendo sob sua própria administração.
Disse
Deputada federal Socorro Neri faz contato para contestar nota da coluna que trata de um suposto carão que ela teria dado em um “secretário de alta plumagem”. Segundo a nota da coluna, a advertência teria sido no tom “ou muda [postura política] ou fica fora do chapão político”.
Nunca
“Essa conversa jamais aconteceu”, assegurou a deputada. “Alguém quis se aparecer (sic) com uma mentira. Meu comportamento político é e sempre será o mesmo”. Anotado e publicado.
Fato
Como as divergências e arestas estão todas no campo dos partidos de direita, os diversos avanços e recuos em uma direção ou outra vão começar a ser mais frequentes até a eleição. Será um “diz-que-me-disse” cada vez mais frequente até ano que vem. Até a campanha, as coisas se acomodam.
Verde
Passaporte Verde é o nome do programa que o Estado do Mato Grosso anunciou o cumprimento. Com plantel de quase 34 milhões de cabeças de gado, os produtores estão anunciando “desmatamento ilegal zero, respeito à biodiversidade, diminuição de gases de efeito estufa, inclusão do pequeno pecuarista e gado 100% rastreado”.
Sustentável
A pecuária sustentável é isto. O mercado quer? Então, o Governo do Mato Grosso mostra que está disposto a jogar o jogo. “Ah… mas é tudo jogo de cena! Quem paga pela carne já desmatou e poluiu”. Bom… enquanto não se compreender que a cena mudou e não se entender o que o mercado exige, vamos correr atrás do rabo por aqui.
Legislação ambiental
“Ah… mas aqui no Acre estão perseguindo os produtores”. O próprio Mato Grosso demonstra maturidade em conviver com os embates que a legislação impõe. O cenário construído há três anos pelo MT deveria envergonhar Seagri e Iteracre.
Com seriedade
Regularização fundiária e embargos ambientais precisam ser debatidos seriamente por aqui. São problemas fundamentais, elementares, ainda não resolvidos. E pior: prejudicam, sobretudo, os pequenos produtores.