Foto: Rede Social
O ex-secretário de Educação de Rio Branco e ex-comunista, Moisés Diniz, utilizou suas redes sociais na terça-feira, 10, para falar sobre a época na área educacional do Acre durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT). A publicação é uma resposta ao artigo do ex-governador Binho Marques, também do PT, que rememorou mudanças ocorridas entre 2003 e 2010 no setor.
“Li com atenção o artigo do ex-governador Binho Marques, do qual fui líder na Assembleia Legislativa. Ele não errou as datas. Realmente houve uma mudança na Educação entre 2003 e 2010”, reconheceu Diniz. No entanto, o ex-secretário criticou o silêncio sobre o período subsequente, em que o PT continuou no comando do Estado até dezembro de 2018.
Diniz relembrou que em 2007 o Acre chegou a pagar melhores salários a professores do que o Estado de São Paulo, mas destacou que em 2011, já sob outra gestão petista, a do ex-governador Sebastião Viana, a chamada “puladinha”, gratificação paga a professores, foi retirada. Segundo ele, somente em 2017 o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) conseguiu reverter a situação por meio da Justiça, após seis anos de luta.
Outro ponto questionado por Diniz foi a falta de valorização dos professores indígenas, que, segundo ele, passaram duas décadas em situação de contratos provisórios. “Sobre excelência na Educação, não consigo entender porque deixaram os professores indígenas 20 anos com contratos provisórios”, escreveu.
O ex-secretário também criticou uma reportagem sobre a escola rural do Limoeiro, que foi exibida no programa Fantástico. Segundo ele, a escola foi apresentada como exemplo negativo, apesar de ter sido “tudo encomendado”. “Quem está pagando, vai ser descoberto”, afirmou.
Diniz defendeu os avanços alcançados mesmo diante das limitações econômicas do Estado. “Por que não divulgaram que o Acre, mesmo sendo um Estado pobre, sem indústria, garante almoço de qualidade para mais de 150 mil estudantes (crianças, adolescentes e jovens) e uma janta para os adultos de EJA?”, questionou.
Ao final da publicação, ele lançou um desafio: “Querem discutir Educação? Estou pronto!”, concluiu.