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Marina Silva: ‘Renovamos nosso chamado à ação. Preservar o meio ambiente é preservar a vida’

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Agência Gov

Durante pronunciamento em rede de rádio e televisão nesta quinta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, destacou que é possível promover o desenvolvimento sustentável com justiça social e ambiental.


“[É possível] ampliar o acesso à infraestrutura protegendo o meio ambiente; melhorar a vida das populações mais vulneráveis com responsabilidade; recuperar áreas degradadas com a regeneração de nossos biomas; e impulsionar um novo ciclo de prosperidade mantendo a floresta em pé, investindo em energias limpas e no uso responsável da água e do solo”, afirmou Marina Silva.


“Nosso país tem tudo para liderar esse processo pelo exemplo, pautado no diálogo, na ciência e nos saberes milenares de nossos povos indígenas e comunidades tradicionais, comprometido com as gerações de hoje e de amanhã”, completou.


A ministra lembrou, ainda, da redução de desmatamento alcançada nos dois primeiros anos do atual governo. A área total desmatada no País no ano passado caiu 32,4% em relação a 2023. Ao todo, foram desmatados 1.242.079 hectares e registrados 60.983 alertas no território nacional em 2024. Os dados são do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), divulgado no mês de maio.


“Nos primeiros dois anos do governo do presidente Lula, conseguimos reduzir quase pela metade o desmatamento na Amazônia e em 32% em todo o país. Isso só foi possível com o fortalecimento da fiscalização e do combate aos crimes ambientais pelo IBAMA, o ICMBIO e a Polícia Federal, com ministérios, governos estaduais, prefeituras e comunidades locais jogando juntos. Também retomamos a criação de reservas ambientais e a demarcação de terras indígenas e quilombolas, territórios vitais para a proteção da nossa natureza e da nossa diversidade”, apontou.


Marina Silva também falou sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém (PA), e finalizou com um chamado à sociedade:


“Liderar pelo exemplo, aliás, é o que todos esperam do Brasil, que se prepara para receber em novembro o maior evento de meio ambiente do mundo, a COP-30, em Belém do Pará. Será a COP do chamamento de um grande mutirão para que o mundo se una no esforço coletivo pela implementação dos compromissos até aqui firmados na Convenção do Clima”, pontuou.


“Neste 5 de junho, renovamos nosso chamado à ação. Preservar o meio ambiente é preservar a vida. Este é um dever de todos: governos, empresas, comunidades e cidadãos”.


Confira o pronunciamento completo:


“Boa noite.


Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, reafirmo, em nome do governo do presidente Lula, o nosso compromisso com a defesa da vida. Esta data, criada pelas Nações Unidas há mais de cinquenta anos, busca mobilizar a humanidade para a preservação da natureza e da vida em nosso planeta.


Vivemos tempos em que as mudanças climáticas, provocadas pela degradação do meio ambiente e pelo consumo excessivo de combustíveis fósseis, ameaçam profundamente o nosso futuro. O aumento das secas, inundações, ondas de calor e incêndios coloca em risco a alimentação, a saúde, a moradia de milhões de pessoas, em nosso país e em todo o mundo.


Diante desse cenário, o governo brasileiro tem atuado com firmeza, orientado pela ciência, pela justiça social e por investimentos consistentes em políticas públicas ambientais.


Nos primeiros dois anos do governo do presidente Lula, conseguimos reduzir quase pela metade o desmatamento na Amazônia e em 32% em todo o país. Isso só foi possível com o fortalecimento da fiscalização e do combate aos crimes ambientais pelo IBAMA, o ICMBIO e a Polícia Federal, com ministérios, governos estaduais, prefeituras e comunidades locais jogando juntos.


Também retomamos a criação de reservas ambientais e a demarcação de terras indígenas e quilombolas, territórios vitais para a proteção da nossa natureza e da nossa diversidade.


Estamos colocando em prática o Plano Clima, com metas claras e compromissos ambiciosos contra o aquecimento global.


O acerto e a credibilidade dessas ações permitiram uma grande ampliação das doações internacionais para o Fundo Amazônia e novos investimentos no Fundo Clima, fazendo dele uma das principais fontes de recursos para apoiar a transição ecológica.


Mas sabemos que ainda falta muito a fazer.


Precisamos aprimorar nossas políticas públicas e nossa legislação ambiental, mas sem permitir retrocessos que ponham a perder um esforço de décadas da sociedade brasileira, que pode se orgulhar de ter uma das mais completas e bem avaliadas leis ambientais do mundo.


Não podemos permitir que, em nome da agilização das licenças ambientais, seja desferido um golpe mortal em nossa legislação, justamente quando o desequilíbrio ecológico, que está acelerando as mudanças climáticas, nos cobra mais responsabilidade.


É possível promover o desenvolvimento sustentável com justiça social e ambiental; ampliar o acesso à infraestrutura protegendo o meio ambiente; melhorar a vida das populações mais vulneráveis com responsabilidade; recuperar áreas degradadas com a regeneração de nossos biomas; e impulsionar um novo ciclo de prosperidade mantendo a floresta em pé, investindo em energias limpas e no uso responsável da água e do solo.


Nosso país tem tudo para liderar esse processo pelo exemplo, pautado no diálogo, na ciência e nos saberes milenares de nossos povos indígenas e comunidades tradicionais, comprometido com as gerações de hoje e de amanhã.


Liderar pelo exemplo, aliás, é o que todos esperam do Brasil, que se prepara para receber em novembro o maior evento de meio ambiente do mundo, a COP-30, em Belém do Pará. Será a COP do chamamento de um grande mutirão para que o mundo se una no esforço coletivo pela implementação dos compromissos até aqui firmados na Convenção do Clima.


Neste 5 de junho, renovamos nosso chamado à ação. Preservar o meio ambiente é preservar a vida. Este é um dever de todos: governos, empresas, comunidades e cidadãos.


Nosso tempo é agora. Muito obrigada.”


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Agência Gov