O Acre registrou números importantes no combate às síndromes respiratórias entre janeiro e maio de 2025, segundo dados do briefing técnico obtido pelo ac24horas junto ao setor de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde do Acre(Sesacre). Apesar da persistência dos casos, o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) caiu 12,7% em comparação a 2024, e os óbitos associados à condição reduziram mais de 60%.
No total, 1.032 casos de SRAG foram notificados até a semana epidemiológica 21 deste ano, contra 1.182 no mesmo período de 2024. Em relação a 2023, o número ainda é maior (835 casos), mas a tendência aponta para estabilização. A taxa de cura hospitalar também é expressiva: 74,7% dos pacientes internados receberam alta médica. Dos casos graves, 64 evoluíram para óbito, número bem inferior aos 169 registrados no ano anterior.
As faixas etárias mais vulneráveis continuam sendo as crianças de 0 a 9 anos e os idosos com 60 anos ou mais. O pico de internações ocorreu a partir da semana 17, com maior incidência de doenças como pneumonia, bronquite e bronquiolite. Os hospitais com maior número de atendimentos graves foram o Hospital Infantil Iolanda Costa e Silva, o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e o Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul.
Entre os vírus mais frequentemente identificados em 2025 estão o SARS-CoV-2, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o Rinovírus, além dos Influenza A e B e Adenovírus. A melhoria nos sistemas de notificação e vigilância ativa aumentou a sensibilidade das unidades sentinelas para detecção desses agentes.
Em relação às Síndromes Gripais (SG), que incluem os quadros mais leves, o número de atendimentos ambulatoriais se manteve estável em relação aos anos anteriores. Foram 11.180 consultas registradas nas unidades de referência, número ligeiramente inferior ao de 2023 (11.791) e acima de 2024 (10.624). A maioria dos casos ocorreu entre jovens de 20 a 29 anos, geralmente com sintomas leves.
Um ponto de atenção no relatório é a cobertura vacinal contra Influenza, que segue abaixo do ideal. Apenas 43,08% da população-alvo foi imunizada até o momento, muito distante da meta recomendada de 95%. Os municípios com menor cobertura são Porto Acre, Bujari, Epitaciolândia e Rodrigues Alves. Já os melhores índices foram alcançados por Porto Walter (60,4%) e Jordão (55,8%).